Onde estão os gols?

Ataque do Atlético sofre dependência de Walter e Nikão

Oitavo pior ataque do Campeonato Brasileiro, o Atlético tem sofrido com sua baixa produtividade ofensiva neste jejum de vitórias que atravessa na competição. O rendimento do ataque rubro-negro só não é pior graças a Walter e Nikão que, juntos, são responsáveis por 19 dos 30 gols anotados pelo Furacão na competição, entre gols e assistências. Quando não estão em campo, o poder de fogo da equipe cai consideravelmente e escancara a falta de um substituto a altura para o camisa 18 rubro-negro.

Quando Walter não esteve em campo, o ex-técnico atleticano, Milton Mendes, tentou de tudo para manter o aproveitamento ofensivo. Das tentativas com os atacantes Crysan, Ytalo, Dellatorre e Douglas Coutinho, pelo menos nos números, o melhor foi o último, que marcou dois gols. Ytalo marcou apenas uma vez, enquanto os outros dois ainda não balançaram as redes.

Este será um problema que o técnico Cristóvão Borges terá que corrigir. Walter é o artilheiro do Furacão no Brasileirão com sete gols e Nikão já marcou quatro vezes. Mas a importância do atacante é muito maior do que apenas os gols anotados. O jogador já sofreu uma penalidade e deu cinco assistências durante o Brasileirão. Nikão tem quatro assistências e, sempre que está em campo, dá um poder ofensivo maior ao Furacão.

Além dos dois, outros dois jogadores do meio-campo encabeçam a lista de maiores goleadores do time. Marcos Guilherme e Hernani, que sempre chega com qualidade ao ataque, já marcaram três vezes cada um.

Outra opção que surgiu no decorrer do Campeonato Brasileiro foi o atacante Ewandro. O jovem jogador, que veio emprestado do São Paulo, não tem a característica de ser goleador, mas quando está em campo, sempre preocupa a defesa adversária, principalmente pelas jogadas em velocidade pelos lados do campo. Apesar do pouco tempo no clube, o atleta de 19 anos já tem dois gols anotados.

Além de ter um dos piores ataques, o Atlético, com a série de sete jogos sem vencer e cinco derrotas seguidas, viu a zona de rebaixamento se aproximar. A falta de eficácia do sistema ofensivo é uma das causas da queda acentuada que a equipe sofreu na classificação.

João Alfredo quer ser candidato de consenso

Ex-vice-presidente de futebol do Atlético entre 2012 e 2013, João Alfredo Costa Filho deve decidir essa semana se será candidato à presidência do clube no final do ano. Nome da oposição após sair da atual gestão, o ex-dirigente ainda acredita que poderá convencer o atual presidente, Mário Celso Petraglia, a apoia-lo, o que evitaria o bate-chapa.

“Eu sou o nome de consenso da oposição, mas quero esperar até quinta ou sexta-feira para decidir se aceito. Posso ser o nome de consenso com a situação também”, avalia. “Acho difícil o Petraglia aceitar, mas quem sabe ele aceita em um gesto de grandeza. Não somos inimigos. Somos todos atleticanos”, lembrou.

Em janeiro de 2013, Costa Filho saiu da atual diretoria alegando problemas pessoais. Em maio retornou. Quando saiu pela segunda vez, e definitiva, em julho do mesmo ano, Costa Filho reclamou da centralização no clube feita pelo atual presidente. Agora, mais de dois anos depois, Costa Filho argumenta que ainda não bateu o martelo sobre a sua candidatura por ver os muitos problemas que a próxima gestão irá enfrentar, principalmente relacionados as dívidas da Arena.

“O problema não é ganhar a eleição. O problema é administrar depois. Isso é um transatlântico que tem que ter pessoas competentes no comando”, admite, garantindo que tem uma boa relação com o governador Beto Richa e o prefeito Gustavo Fruet.

“O (Henrique) Gaede quer que eu seja o candidato. Eu pertenço ao grupo do Judas (Tadeu Grassi Mendes). Acomodando uma ou, outra vaidade, não vejo problema em unir a oposição”, disse. “Mas você estará lidando com a paixão de um milhão de pessoas. Tem que ser muito sério, correto. É uma decisão difícil aceitar ser candidato”, admitiu.

Exemplo! Leia mais do Atlético na coluna do Mafuz!

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