Caiu em Curitiba!

Preso o maior falsificador de documentos do País

Dentro de um apartamento no Portão, policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) encontraram na tarde desta terça-feira (26) um laboratório capaz de “criar” uma nova pessoa – pelo menos a partir de documentos. Dessa forma, foragidos por diversos crimes ganhavam uma “nova vida”. Quatro pessoas foram presas.

O mandante do grupo, segundo a polícia, seria Rui Menin, 39 anos, conhecido como Cérebro, procurado pela Polícia Federal por estelionato. Formado, com duas pós, Rui diz que o que faz não é crime, mas “arte”. Junto com ele, foram detidos André Ricardo da Silva, 42, Valter Manoel Quintino, 48, e Fabiana Alconches Lopes, 31.

No apartamento foram apreendidos dezenas de documentos em branco para a impressão, como cédulas de identidade de vários Estados, carteiras de habilitação, documentos de veículos, extratos de contas de luz; e equipamentos para impressão de cartões, de chips, bobinas, entre outros materiais usados para as falsificações.

De acordo com o delegado Rodrigo Brown, do Cope, foi recebida a denúncia de que o Rui estava chefiando um esquema de vendas de documentos falsos. Nesta terça, os policiais fizeram uma campana e flagraram Rui entregando um documento falso para um rapaz. Em seguida, encontraram o laboratório no apartamento.

Segundo o delegado, as falsificações costumam ser usadas por criminosos. “Os com um pouco mais de experiência, quando fogem da cadeia ou estão sendo procurados, conseguem documentos falsos, com dados geralmente de terceiros de boa fé, para evitar as prisões”.

A mulher presa é namorada de Rui. De acordo com a polícia, ela estava com três documentos de identidade diferentes – um de cada Estado.

Questão de lógica

Em entrevista à imprensa, Rui contou que é formado em administração e tem duas pós-graduações. Ele não quis revelar como faz as falsificações, “senão todo mundo vai aprender a roubar”.

Suando, mas demonstrando tranquilidade e até debochando das perguntas feitas, o suspeito afirmou que não pratica crimes, mas arte. Para falsificar, conforme ele, é só uma “questão de lógica”. Rui afirmou que começou as falsificações há dez anos, por revolta. Segundo ele, fazendo os documentos falsos descobriu uma série de golpes “do sistema”.

Rui comentou ainda que não existe quadrilha e isentou os outros presos de culpa. “Tudo eu que faço”.