Flávio Pereira dos Santos, de 33 anos, ex-funcionário de uma rede de farmácias foi preso na quarta-feira (13), suspeito de assaltar mais de 20 vezes a mesma rede em que trabalhou. O homem, que seria viciado em álcool e cocaína, foi preso em uma clínica de reabilitação em Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba (RMC).
O delegado Matheus Laiola contou que a polícia começou a desconfiar de Flávio na primeira vez em que foi preso, por débitos de pensão alimentícia. “Um gerente de uma das farmácias nos procurou e disse que o número de assaltos tinha diminuído e reparamos que este período de diminuição batia com o tempo em que ele esteve preso”, disse Matheus Laiola.
Ao analisar imagens de câmeras de segurança, os policiais conseguiram descobrir que realmente era Flávio o autor dos vários assaltos registrados na região do 7º Distrito Policial (DP), no Hauer. Os roubos, segundo a polícia, aconteceram entre os dias 8 de outubro e 11 de novembro do ano passado. Em um dos dias, ele chegou a roubar três farmácias da mesma rede de uma só vez.
De acordo com a polícia o suspeito agia sempre da mesma forma, entrando nos estabelecimentos, onde simulava estar armado e roubava todo o dinheiro do caixa. “Ele nunca chegava a mostrar a arma, mas as vítimas não pensavam duas vezes”, explicou o delegado. Em um dos assaltos, flagrados em vídeo, o homem chegou a dar tchau para a vítima.
Reabilitação
Flávio foi localizado e detido pela polícia depois de dois meses de investigações. Isso porque a polícia não sabia que ele estava internado em uma clínica de reabilitação para viciados em drogas, em Quatro Barras.
À reportagem do Paraná Online, Flávio contou que é viciado em álcool e cocaína há 10 anos, e que assaltava sempre que o dinheiro para manter o vício acabava. “Ficava desesperado e ia para a farmácia”, disse o homem.
Ele estava na clinica há um mês e meio. Na reabilitação o homem pagaria cerca de R$ 300 por mês por um período de, aproximadamente, 9 meses.
O homem, que é de Jacarezinho, no norte do Paraná, contou que chegou a trabalhar em Curitiba em várias áreas. Ele inclusive trabalhou como auxiliar de entregas, de 2011 a 2013, na mesma rede de farmácias que depois se tornou alvo para os assaltos.
Se condenado por roubo, Flávio poderá pegar até dez anos de prisão. Ele disse que pretende cumprir a pena que for necessária e depois voltar para a clínica para se recuperar do vício.