Na Alameda Doutor Muricy

Operadoras não arrumam cabos e consumidores ficam na mão

O que era para ser um serviço relativamente simples se tornou fonte de prejuízo para comerciantes e perigo para pedestres que passam pela Alameda Doutor Muricy, no centro de Curitiba. A troca da rede elétrica no trecho entre a Rua André de Barros e a Avenida Visconde de Guarapuava foi realizada no último domingo pela Copel, mas duas operadoras de telefone não adequaram seu cabeamento.

Quando os comerciantes chegaram para trabalhar na segunda-feira encontraram os estabelecimentos com telefone fixo e internet sem funcionar. Além disso, a fiação ficou exposta na rua, chegando até a calçada e prejudicando quem anda a pé por ali, que corre o risco de tropeçar nos fios. Este trecho concentra pontos de ônibus da rede integrada de transporte, com linhas da Região Metropolitana de Curitiba e vários passageiros passam pelo local diariamente.

Marco Andre Lima
Reginaldo: “Prejuízo enorme”.

A modificação na rede elétrica foi feita a pedido de uma construtora responsável por uma obra no endereço e que também foi prejudicada. “As operadoras não fizeram a parte dela. Ligo para a Oi, a atendente abre um chamado e diz que até as 10h do outro dia vem alguém verificar, mas não vem ninguém”, reclama um trabalhador, que preferiu não se identificar e já possui oito protocolos de reclamações não atendidas.

Para os comerciantes, a indisponibilidade dos serviços da GVT afeta diretamente nos negócios. O principal problema é não poder receber pagamentos com cartão, já que a máquina deixa de funcionar, causando prejuízos. “Sem máquina o movimento cai e também temos prejuízos porque compramos mantimentos que os clientes não estão consumindo”, lamenta a balconista Jucelia Aparecida de Lima. Ela calcula que mais da metade dos clientes usa o cartão como forma de pagamento.

Marco Andre Lima
Jucélia: movimento pela metade.

Para o comerciante Reginaldo Rita, dono de uma casa de couros, o prejuízo aumenta a cada dia. “Estou arrasado. O tamanho do prejuízo é enorme sem máquina de cartão, telefone e internet. As notas fiscais, por exemplo, são todas enviadas pela internet”, critica. Sem contato com a maioria dos fornecedores e clientes, ele estima que por dia deixou de faturar R$ 5 mil, sem contar a conta do celular, que está sendo o único meio de contato. “Tem gente que precisa atravessar a rua para ir em comerciantes amigos passar o cartão, mas nem todo mundo espera. Não sei pra onde correr”, conta ele, que também já registrou reclamações, mas não obteve resposta.

Reparos

Em nota, a Oi informou que “uma equipe técnica será enviada ao local”. “Se forem constatados problemas nos serviços, o reparo será feito o mais brevemente possível”, promete a operadora. A GVT diz que a “readequação da fiação de responsabilidade da empresa será realizada até o fim da manhã deste sábado”.

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