3.ª Fase da Operação Publicano

Gaeco investiga lotérica suspeita de lavar dinheiro desviado da Receita

Durante a terceira parte da Operação Publicano, criada para investigar corrupção na Receita Estadual, policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriram na manhã desta sexta-feira (09), mandados de busca e apreensão a uma lotérica no centro de Curitiba. Há suspeitas de o local ser “fachada” para lavagem de dinheiro.

De acordo com o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, nesta nova fase, as investigações estão concentradas para rastrear o dinheiro desviado por auditores da Receita, contadores e empresários. Eles são suspeitos de facilitar a sonegação fiscal mediante pagamento de propina.

Arresto de bens

Miguel Ângelo de Andrade
Foram apreendidos computadores e documentos.

Na manhã desta sexta, Batisti afirmou que foram cumpridos mandados chamados “arresto de bens”, ou seja, equipamentos de uso dos funcionários, como computadores, máquinas, entre outros aparelhos foram apreendidos para verificação. Todo o dinheiro foi recolhido para rastreamento. A situação ocorreu dentro da normalidade.

Batisti disse também que não houve suspensão do funcionamento da lotérica. “Ela continuará atendendo até que os materiais apreendidos sejam analisados”. Entretanto, a loja, situada na Avenida Marechal Floriano quase na esquina com a Pedro Ivo, permeceu fechada na sexta.

Operação Publicano investiga desvio de mais R$ 40 milhões

Desde o início da operação, em abril, mais de 100 pessoas foram denunciadas ao Ministério Público suspeitas de integrar a rede de corrupção na Receita Estadual. Entre eles estão mais de 60 auditores fiscais e o empresário Luiz Abi Antoun, primo do governador Beto Richa. O Gaeco estima que os desvios somam mais de R$ 40 milhões.