Será?

Suspeito de matar GM chega a Curitiba e diz estar arrependido

Frio e em silêncio, Evandro de Oliveira Marcolino, 27 anos, suspeito de matar o guarda municipal Roni Fernandes de Freitas, 50 anos, foi apresentado à imprensa na manhã desta segunda-feira (3). O rapaz foi preso no sábado (1º) em São Paulo, no bairro Brás.

Marcolino, mais conhecido como “Peixinho”, estava foragido desde o dia do crime, um assalto a uma distribuidora de doces, no centro de Curitiba. Em um trabalho dedicado dos policiais da Delegacia e Furtos e Roubos (DFR) e da Agência de Inteligência da Polícia Civil, ele foi identificado dias após o crime, graças às inúmeras câmeras de segurança que o registraram.

Durante a apresentação, “Peixinho” se mostrou uma pessoa fria. Às equipes de reportagem, o rapaz não respondeu a praticamente nenhuma pergunta, a salvo quando foi perguntado se estava arrependido do crime. Uma resposta rápida demonstrando que sim foi dita.

A caça 

O trabalho de investigação durou cerca de 20 dias e os policiais chegaram até o suspeito depois de seguir a namorada dele por uma semana. Luana Débora Domingues da Luz, de 28 anos, foi presa no dia 22 de julho. No dia da prisão, ela foi ouvida, assinou um termo circunstanciado e foi liberada. O que ela não contava, é que seria monitorada.

Foto: Reprodução/Polícia Civil. 

Através da namorada do rapaz, os policiais conseguiram chegar a ele, que já sabia que poderia ser preso a qualquer momento. Segundo a polícia, “Peixinho” tinha alugado um quarto e contou que já estava quase sem dinheiro em São Paulo. A arma do crime, segundo o que o rapaz disse aos policiais, foi jogada fora e não foi encontrada pelos policiais.

Além de Luana, os policiais prenderam também Sueli Carolina da Silva, conhecida como “Carol”, de 32 anos. Ela foi apontada pela polícia como suposta comparsa de “Peixinho”. Conforme informado ela DFR, “Carol” foi presa por denunciação caluniosa, pois repassava informações falsas, através de denúncias anônimas aos policias, com o objetivo de ajudar o suspeito a ganhar tempo para fugir.

Alivio e agradecimento

Para Claudio Frederico, diretor da Guarda Municipal de Curitiba, a prisão de “Peixinho” significa muito. “Um alivio, porque embora não traga o nosso guarda de volta, pelo menos saberemos que ele está preso e vai responder pelo crime que cometeu”. “Essa investigação é resultado do empenho de todos os policiais, os quais conquistaram ainda mais minha admiração”, desabafou o delegado-titular da DFR, Rafael Vianna.

Roni voltava do almoço quando foi morto. Foto: GM.

Logo que foi detido, o rapaz foi trazido para Curitiba. Ele ficou preso na carceragem da Delegacia de Furtos e Roubos onde, de lá, deve ser encaminhado ao Sistema Penitenciário, em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. Se condenado, a pena pode chegar a 30 anos. 

O GM foi morto quando voltava do almoço e cruzou com o suspeito que fugia de um assalto a uma distribuidora de doces na Rua André de Barros, no Centro. Roni chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Ele tinha uma Organização Não Governamenta,l (ONG) em defesa dos direitos humanos e ingressou na Guarda Municipal (GM) em junho de 2009. 

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