O paraguaio Osvaldo Ariel Mereles Molinas, 24 anos, foi preso suspeito de trazer drogas para Curitiba. Embora negue a participação no esquema, no celular dele foi encontrada uma “selfie”, com seis tabletes de crack. Outras quatro pessoas suspeitas de tráfico de entorpecentes foram capturadas após campana de policiais da força-tarefa do Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep).
De acordo com o delegado Fábio Amaro, na tarde de segunda-feira os policiais receberam a informação, por meio do número 181 do Narcodenúncia, de que a droga vinda do Paraguai seria entregue a duas pessoas que estariam em um táxi, no bairro Boa Vista. “A denúncia veio direcionada ao prefixo do táxi, que seria um Voyage. Então não tinha como desvincular o taxista da situação”, explicou o delegado.
A partir da denúncia, foi montada uma operação para flagrar a negociação. “Depois de um bom tempo de campanas, conseguimos flagrar Priscila Teixeira Borba entregando dois quilos da droga para um adolescente”, contou o delegado Rodrigo Brown. Com o garoto estavam R$ 10 mil, que a polícia acredita que Priscila repassaria para o paraguaio.
Para o encontro com Priscila, segundo Rodrigo, o adolescente chegou em um táxi, junto com Welinton José de Souza, que também foi detido. “Primeiro eles ficaram circulando na região. Entravam no posto, davam a volta na quadra. Aí pararam em uma esquina, o garoto desceu, e o táxi ficou no meio da quadra, com Welington escondido no banco do trás. O adolescente foi até um ponto de ônibus, ficou no telefone, e Priscila chegou a pé e entregou a droga”, explicou o delegado.
O taxista, Seslau José Bura Filho, também foi preso. “Pelo modo como ele agiu, fica difícil acreditar que ele não tivesse conhecimento da negociação”, afirmou Rodrigo. O flagrante da negociação levou os policiais a um hotel em frente a Rodoferroviária de Curitiba, onde o paraguaio estava escondido. Com ele foram encontrados R$ 3 mil, que a polícia acredita ter sido obtido com a venda dos entorpecentes.
Os quatro suspeitos foram apresentados na tarde dessa terça-feira. Priscila não quis comentar a prisão. Seslau disse que buscou dois clientes em um supermercado e não sabia que eles estavam com drogas. O paraguaio afirmou que veio a Curitiba para buscar dinheiro, mas negou a venda das drogas.