Ninguém escapa

Ação de marginais preocupa comerciantes do Pinheirinho

Comerciantes do trecho da Avenida Winston Churchill localizado nas proximidades do Terminal do Pinheirinho estão preocupados com os pequenos roubos que veem ocorrendo com frequência na região. Segundo quem trabalha por lá, marginais agem livremente durante o dia, praticando assaltos não só nos pequenos e médios estabelecimentos do bairro, mas também em grandes lojas.

O cabeleireiro Raul Gonçalves é dono de um salão de beleza na região há oito anos. Ele conta que só neste ano seu estabelecimento foi assalto duas vezes. “O último roubo foi no mês de julho. Entram armados, renderam os funcionários e os clientes, e levaram dinheiro e os telefones celulares de todos. Foi horrível”, conta.

Há três anos, a comerciante Maria de Lourdes Pereira da Silva é dona de uma loja de acessórios femininos localizada na Rua Mário Gomes Cézar. Ela relata que trabalha com medo por causa dos últimos episódios de violência na região. “Sábado de tarde é o pior dia, pois os comerciantes vizinhos fecham as portas no almoço e fico sozinha na loja. É horrível. Não dá para relaxar”, relata.

Suellen Lima
Raul: dois assaltos este ano.

Dona Maria de Lourdes ainda diz que os assaltos também chegaram às lojas de departamento do bairro. “Antes, os bandidos assaltavam os pequenos comércios, mas agora também estão entrando nessas lojas grandes, que têm seguranças, câmeras e tudo mais”, relata.

Uma comerciante, que preferiu não revelar sua identidade à reportagem, conta que o medo maior entre os trabalhadores da região é de que o pior aconteça. “O bem material pode ser levado. Por mais que agente fique chateado, isso se recupera depois. O problema é quando esses marginais estão drogados e podem matar uma pessoa durante o assalto. Esse é o nosso medo”, desabafa.

Suellen Lima
Maria de Lourdes trabalha com medo por causa dos últimos assaltos.

Deixa a desejar

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Militar (PM), a região do Pinheirinho recebe rondas extensivas preventivas diárias, mas a corporação reconhece que nem sempre consegue evitar as pequenas ocorrências do bairro. A PM reforça para que a população chame o efetivo pelo telefone 190 em toda a situação de perigo e que em caso de assaltos faça o boletim de ocorrência na delegacia mais próxima.