Ladrões mais violentos

Aumenta o número de roubo de veículos em Curitiba

A população está em risco. Isso é o que aponta dos dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp). Em comparação com o ano passado, houve diminuição de furtos de veículos em Curitiba, mas em compensação expressivo aumento de roubos, o que representa que os bandidos estão mais audaciosos. Os dados foram comparados entre o mesmo período do ano passado e deste ano, com ocorrências registradas na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV).

Nos demais municípios da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) aconteceu o contrário. O número de furtos aumentou e o de roubos diminuiu. Os registros de veículos recuperados diminuíram na capital e aumentaram na RMC.

Segundo os levantamentos do primeiro trimestre de 2014 feitos pela Sesp, em comparação com 2013, foram menos 8,28% ocorrências de furtos a veículos em Curitiba. Na RMC os furtos aumentaram em 10,53%. As situações de roubos foram expressivamente superiores na comparação, elevando os números para 18,93% na capital. Na RMC, os números caíram 14,40%. Dos veículos recuperados, os números foram menores em Curitiba, que fechou o primeiro trimestre com -4,72% na comparação. Em compensação, na RMC, foram 9,63% mais veículos encontrados pela polícia.

Visados

Para a polícia, as situações de furtos aos veículos acontecem, em maior parte, no período da noite. Os cinco veículos mais comuns na lista dos bandidos estão o Gol, Uno e a Saveiro. Fox e Palio também estão na mira dos criminosos.
Nas ações de roubo à mão armada, os veículos mais visados são importados. Na lista dos cinco mais roubados, duas marcas estão entre as mais procuradas pelos bandidos. Honda Civic, Hyundai i30 e o HB20 (tanto o hatch, quanto o sedan), são os três mais roubados na capital. Os veículos Fluence e Sandero, da Renault, seguem com a quarta e quinta posição entre os mais roubados.

Tanto nos furtos quanto nos roubos, segundo a polícia, na maior parte das vezes a primeira intenção dos bandidos é a de levar o veículo para usar peças. Os carros de maior potência são mais visados pelos bandidos para serem usados em fugas para outros crimes.

Bairro e modelo do carro definem seguro

Conforme dados do Sindicato dos Corretores de Seguros do Paraná (Sincor-PR), os bairros de Curitiba onde há maior número de furtos e roubos de veículos são Água Verde, Centro Cívico, Boa Vista, Cidade Industrial e Parolin. Já os modelos de carros mais visados pelos bandidos são: Gol, Uno, Palio, Sandero, Celta, Fox, Corolla, Corsa, Strada, Saveiro, Fiesta e Honda Civic.

Os bairros onde os marginais agem com maior frequência e os modelos preferidos por eles interferem diretamente no preço que as seguradoras de veículos cobram dos clientes. Segundo o presidente do Sincor-PR, José Antonio de Castro, o custo do seguro é baseado em taxas atuariais. “Ou seja, com base nas estatísticas de ocorrências é criada matematicamente uma taxa para exercer caixa suficiente para garantir os riscos tomados”, explica. Outros fatores, como idade e estado civil, também influenciam o preço. “Um rapaz de 18 anos leva uma vida diferente de um de 35, que é diferente de um senhor de 60. Para cada um existe um risco diferente, podendo levar variações de 30% a mais ou mais que o dobro”, diz José.

O sinistro pode ser integral ou parcial. “Nas perdas parciais, de colisões, a principal questão que afeta o preço do seguro é o custo de reparo: a praticidade do conserto, se é fácil de desmontar e substituir peças, e a existência e velocidade para conseguir as peças de reposição”, com,enta José.

Alerta

O presidente do Sincor-PR alerta para os maiores riscos neste período de fim de ano, quando as pessoas estão preocupadas em resolver rapidamente questões para aproveitar festas e viagens. “É preciso ter cuidado com o lugar em que se vai estacionar o carro, principalmente nas ruas próximas a shoppings; e atentar-se com os pertences dentro, pois os riscos de arrombamentos e roubos aumentam nessas regiões”, destaca.