Acerto de contas

Jovem é morto com tiro na cabeça em Almirante Tamandaré

Perseguido pela Rua Quatro Barras, no Jardim Roma, em Almirante Tamandaré, Rodrigo Ferreira de Souza, 28 anos, tentou se esconder, subindo o barranco atrás de uma residência, mas foi baleado na cabeça. Eram 10h desta quarta-feira (22), quando testemunhas viram dois jovens, um magro e outro um pouco mais gordo, correndo atrás da vítima com armas na mão.

Rodrigo, que tinha sido baleado na barriga há um mês, em outra perseguição, foi atingido no rosto e morreu antes que os socorristas conseguissem salvá-lo. “A condição das ruas é lamentável em Almirante Tamandaré. Sempre passamos momentos difíceis na chegada ou na saída”, disse o cabo Damásio, dos bombeiros.

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Policiais militares foram avisados pela população que, depois de atirar em Rodrigo, os assassinos fugiram pela rua, rumo à linha do trem, mas antes de chegar ao topo da subida, se esconderam nas casas. Os PMs patrulharam a região e encontraram os dois suspeitos em uma biqueira na Rua Contenda.

Wilson Ramiro dos Santos Trindade, 26 anos, e o cunhado de Wilson, Jeferson César Batista de Araújo, 29, ambos moradores de Matinhos, foram encaminhados à delegacia de Almirante Tamandaré, como suspeitos. “Durante o interrogatório, um deles acabou confessando do crime”, disse o delegado Hertel Rehbein.

Abuso

Segundo o delegado, o motivo da morte seria duas tentativas de estupro praticadas por Rodrigo. “A vítima também morou em Matinhos e lá, segundo os dois suspeitos, tentou estuprar a mulher do Wilson e uma jovem da família do Jeferson”, disse. Os dois contaram que vieram para Almirante Tamandaré para pintar uma casa e, “por ação do destino”, se encontraram na rua. “Wilson, que admitiu ter dado os tiros, disse que Rodrigo viu os dois e foi para cima deles armado. Os três entraram em luta corporal, Wilson conseguiu tirar a arma dele e o matou com um tiro na nuca e outro na perna”, explicou o delegado.

A ação foi vista por populares, que denunciaram à PM e rapidamente os dois foram localizados. “Os dois correram e se esconderam no local, que é usado como biqueira e é bem conhecido na região”.

Ao delegado, Wilson contou que, depois de atirar em Rodrigo, jogou a arma e correu. “Ele afirma que soltou a arma no local do crime, mas o revolver não foi encontrado”, disse o delegado Hertel. O inquérito foi aberto e os dois rapazes, que serão indiciados por homicídio qualificado, podem pegar de 12 a 30 anos de prisão.