Guarapuava

Presas postam fotos seminuas tiradas de dentro da cadeia

Nem a frieza das celas nem as fiscalização impediram que presas da Cadeia Pública de Guarapuava se exibissem em poses sensuais “quentes”, em rede social. Com um telefone celular, duas delas, detidas por tráfico de drogas, tiraram fotos sobre as camas de cimento e divulgaram as imagens nas redes sociais.

Os “ensaios fotográficos foram feitos em abril. As “modelos” sensualizam com roupas íntimas ou provocantes e usam como fundo as paredes do cubículo ou colchas de oncinha ou zebra, para ajudar na produção. Não se sabe se as presas tinham alguma intenção na divulgação das fotos ou só estavam “exercitando” o lado feminino, muitas vezes retraído no ambiente duro da carceragem.

Depois de as fotos divulgadas, agentes carcerários descobriram a irregularidade e as mulheres, com cerca de 30 anos, tiveram suspensão de visitas e recebimento de alimentos dos parentes por um mês, como medida disciplinar. O aparelho foi apreendido. As duas aguardam julgamento.

Só neste ano, foram recolhidos na carceragem, que abriga em alas diferentes cerca de 30 mulheres e pouco mais de 250 homens, 40 aparelhos com os detentos. Mais 77 foram apreendidos, no mesmo período, na tela que cobre o solário, por onde os celulares eram arremessados da rua. A carceragem tem capacidade para 160 pessoas.

A entrada de celulares nas cadeias e presídios não é novidade e é combatida pelo Departamento de Execução Penal. Todas as penitenciárias do Paraná, sob responsabilidade da Secretaria da Justiça (Seju), têm detectores de metal e a Casa de Custódia de Curitiba e a Penitenciária Estadual de Londrina II contam ainda com scanner corporal, semelhante aos usados nos aeroportos. Não é o caso da Cadeia Pública de Guarapuava, que tem gestão compartilhada com a Secretaria da Segurança Pública.

Paraná Online no Google Plus

Paraná Online no Facebook