Caiu do cavalo

Dono de loja cobra R$ 250,00 para devolver celular roubado à vitima

O dono de uma loja de celulares fez o que não devia e perdeu seu negócio, instalado na Rua Comendador Araújo, Centro. Sebastião Carlos Moreira, 49 anos, cobrou para devolver um celular roubado e foi preso por extorsão. Em seu comércio, nenhum dos aparelhos em exposição tinha nota fiscal, nem o estabelecimento estava autorizado a funcionar.

Segundo a Polícia Civil, Sebastião alegou ter comprado o celular roubado. Ele cobrou R$ 250 para devolvê-lo à vítima, que procurou o 1.º Distrito Policial. Conforme informado pela polícia, Sebastião manuseava o iPhone roubado, quando apareceu na tela a mensagem “este telefone foi perdido”. O recado passava também o número de telefone da mãe da vítima. O comerciante ligou para a mulher e disse que devolveria o celular em troca do dinheiro para, segundo ele, ressarcir o valor pago pelo aparelho.

Negociação

“A mãe da vítima e o dono da loja começaram a negociar. Durante as ligações, o homem pedia para que a mulher não procurasse a polícia. A vítima foi até o 1.º Distrito Policial, denunciou o caso e entramos em ação”, contou o delegado Vinicius Borges Martins.

Sebastião e a vítima marcaram encontrou em um shopping para fechar o “negócio”. Uma parente da vítima se passou pela dona do aparelho. Cerca de meia hora depois do horário combinado, o homem ligou para a mulher, disse como estava vestido e foram até um caixa eletrônico. “Depois de tirar o dinheiro, pagar e pegar o celular, os policiais, que acompanhavam tudo de longe, deram voz de prisão ao homem, que nem sequer tentou reagir”, disse o delegado.

Segundo os investigadores, o comerciante tentou argumentar que não estava fazendo nada de errado e que teria tentado ajudar, mas a conversa não convenceu os policias. Depois de preso, o homem disse ser empresário e os investigadores do 1.º DP foram até a loja de celulares.

Irregulares

No local, o homem se complicou ainda mais. Cerca de 300 aparelhos de telefone celular, entre eles novos e usados foram apreendidos por falta de nota fiscal. A polícia avaliou os produtos em R$ 35 mil. “Além de não ter alvará de funcionamento, nenhum dos produtos expostos à venda tinha nota fiscal. Tudo que estava na loja, foi apreendido e encaminhado, com o homem, à delegacia”, explica Vinicius.

Sebastião vai responder por extorsão e novo inquérito policial será instaurado para apurar de onde vieram os aparelhos apreendidos. A vítima que identificar seu telefone deverá comparecer no 1.º DP, na Rua André de Barros, 671, Centro, com o boletim de ocorrência e a nota fiscal do aparelho.

Fiscalização

De acordo com o delegado Vinicius, a fiscalização em lojas de eletroeletrônicos é feita pela Polícia Civil e pela Receita Estadual. Sempre que há denúncia ou vítima que chegue à polícia com a localização do aparelho, a polícia investiga. “Alguns são pegos por causa do rastreador que os aparelhos mais modernos possuem”. O 1.º DP também faz periodicamente operações para coibir o comércio ilegal dos aparelhos. “Solicitamos nota fiscal de todos os produtos, e caso o proprietário não apresente, terá que se explicar”, afirmou Vinicius.

O delegado disse que o apoio da população é essencial para a polícia acabar com a venda ilegal de produtos no centro e informou o telefone (41) 3320-3400, para denúncias.

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