Estopim

DH sabe quem rompeu pacto e começou “guerra” na Vila Torres

A Polícia Civil tem uma hipótese para o estopim que acabou com o pacto de paz na Vila Torres, Prado Velho, desde julho do ano passado. De lá para cá, 13 pessoas da “gangue de cima” e da “gangue de baixo” foram mortas. Para pelo menos seis assassinatos a polícia já tem suspeitos e, agora, procura por Keoma Alves dos Santos, 25 anos, e Jeferson Rogério Pereira da Rocha, 21. “O motivo desses crimes foi a tal briga entre as duas gangues”, explicou o delegado Fábio Amaro, da Delegacia de Homicídios.

No começo do mês, Gilson Carlos da Silva, o “Tévez”, foi preso suspeito de matar Maicon Santos Rodrigues de Campos, o “Maicon Testa”, 25 anos, em 1.º de fevereiro. Segundo o delegado Fábio Amaro, da Delegacia de Homicídios, ele também teria participado do assassinato de Marcio Napoleão de Almeida, o “Marcinho”. O rapaz foi morto em 19 de julho de 2013, na Rua Manoel Martins de Abreu, local da maioria dos homicídios na região, e este crime teria começado a matança.

No homicídio de “Marcinho”, Gilson e outro rapaz, roubaram uma Fiat Strada, para abordar a vítima. “Marcinho” era suspeito de matar o irmão do comparsa de Gilson, que já foi identificado e teve a prisão temporária pedida pela polícia. “Os dois são os responsáveis por acabar com a paz na Vila Torres. Ainda não podemos dar o nome do segundo envolvido, para não atrapalhar as investigações”.

Acordo

Os investigadores da DH descobriram que havia um “pacto de paz”, na Vila Torres. “Este pacto foi feito entre as duas gangues rivais. Ninguém mataria ninguém e viveriam tranquilos. O acordo foi quebrado com a morte de Marcinho”, afirmou o delegado. O rapaz pertencia a uma das famílias apontadas como comandantes da vila.

Por denúncias, o delegado chegou a vários nomes e possíveis autores dos homicídios. Keoma e Jeferson são procurados por participar do tiroteio que matou Thiago Batista do Rosário, Diego Marcelo do Rosário e Evandro Canuto dos Santos, em 5 de março, na Rua Irineu Adami. Keoma também é investigado pelo assassinato de Valdecir da Silva, o “Gordão”, morto dentro de um táxi em 16 de janeiro, também na Rua Manoel Martins de Abreu. O motivo do crime seria dívida de 100 gramas de crack que Valdecir tinha com a quadrilha de Keoma. Jeferson também é suspeito de ajudar Tévez a matar Maicon.

O delegado Fábio Amaro esclarece que um crime puxa o outro e uma morte leva a outra. “Maicon era da gangue de baixo e todos os outros envolvidos citados eram da gangue de cima. Eles fazem parte de uma guerra que logo vai ter fim”. Informações sobre os procurados devem ser dadas pelo disque-denúncia da DH: 0800-643-1121.