Pyongyang

Norte-americanos detidos na Coreia do Norte pedem ajuda

Três norte-americanos que estão detidos na Coreia do Norte pediram ao governo dos Estados Unidos, nesta segunda-feira, que mande um representante para negociar suas libertações. O recado foi passado por jornalistas estrangeiros que tiveram a oportunidade de conversar com cada um deles, separadamente, sob a supervisão de autoridades norte-coreanas, que não censuraram as perguntas.

De acordo com os profissionais de imprensa, os detidos Jeffrey Fowle, Mathew Miller e Kenneth Bae acreditam que a única solução para deixar o país é por meio do apelo de um representante do governo norte-americano. Em Washington, o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, Patrick Ventrell, afirmou que a Casa Branca tem acompanhado o caso de perto. “Nós estamos fazendo tudo o que podemos para garantir a libertação dos três o mais rápido possível”, disse em comunicado. Ventrell também informou que o Departamento de Estado já emitiu um alerta recomendando a todos os cidadãos norte-americanos que evitem viajar para o país.

Os EUA já se ofereceram várias vezes para mandar a Pyongyang seu enviado para questões de direitos humanos na Coreia do Norte, Robert King, a fim de buscar anistia para os três detidos, porém sem sucesso. Os EUA não têm relação diplomática com os norte-coreano nem embaixada na capital. Com isso, a embaixada da Suécia tem colaborado nas negociações, conseguindo algumas vezes que eles conversem por telefone com seus familiares.

Os norte-coreanos alegam que Fowle, de 56 anos, Miller, de 24, e Bae, de 46, cometeram atos hostis que violam as leis válidas para turistas.

Fowle, que chegou ao país no último dia 29 de abril, é suspeito de ter deixado uma bíblia em uma casa noturna da cidade de Chongjin, o que pode indicar que ele estaria propagando o cristianismo na região, prática que é considerada crime na Coreia do Norte. Ele não fala com sua família há três semanas. “Estou desesperado para voltar para eles”, disse. Já Miller desembarcou no país no último dia 10 de abril e, segundo o governo local, foi preso depois de ter pedido asilo no aeroporto, informação que ele se recusou a comentar com os jornalistas. O julgamento destes dois ainda não tem data marcada.

Bae, condenado a 15 anos de prisão por proselitismo cristão, é um missionário com descendência sul-coreana e está no país desde novembro de 2012. Ele disse que sua saúde tem ficado cada vez pior, principalmente em razão das oito horas diárias de trabalho a que é submetido, por meio das quais já perdeu quase sete quilos. Fonte: Associated Press.

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