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YouTube faz uma década na iniciativa da evolução no entretenimento

Jawered Karim se colocou na frente de elefantes no zoológico e fez um vídeo dele próprio dizendo que o mais legal naqueles animais era que eles tinham trombas realmente grandes. No dia 23 de abril de 2005, ele postou esse vídeo banal de 18 segundos numa plataforma desenvolvida por ele e pelos amigos Steve Chen e Chad Hurley – os três eram ex-funcionários da empresa PayPal – e que se tornaria o bem-sucedido e revolucionário YouTube.

O que Karim fez no vídeo Me at the Zoo, ainda disponível e que foi visualizado por nada menos do que 19 milhões de pessoas, é repetido diariamente por moradores de 75 países. A cada minuto, segundo informações da empresa, são carregadas 300 horas de vídeos – de cachorro, gato e criança, receitas, clipes, filmes, desenhos, comerciais antigos, debates, shows históricos ou atuais , dicas sobre como trocar pneu, fralda, lâmpada, consertar o celular, etc. – gravados profissionalmente ou não, assistidos e compartilhados por milhares de pessoas ao redor do mundo – levando ainda milhares de anônimos a conquistarem seus 15 segundos de fama quando o vídeo se torna viral.

Produções independentes que dificilmente encontrariam seu público também estão tirando bom proveito da plataforma de entretenimento. Editoras divulgam seus booktrailers lá e se beneficiam da forcinha que seus leitores dão ao postarem vídeos em que comentam suas leituras.

Tamanha foi a aceitação que a empresa logo despertou o interesse de gigantes da área de tecnologia. Em 2006, o Google arrematou o YouTube por US$ 1,6 bilhões. Hoje, o site tem mais de um bilhão de usuários e, ainda de acordo com as estatísticas oficiais, o número de horas que as pessoas passam lá mensalmente cresce 50% a cada ano, impondo um grande desafio sobretudo para a televisão.