Ao que tudo indica, pesquisadores paranaenses desenvolveram uma substância que funciona contra um dos mais temidos animais da região: a aranha marrom. Em outubro de 2014, eles produziram duas fórmulas, que ainda estão em teste, para o combate ao aracnídeo.
Segundo o químico Francisco de Assis Marques, do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e coordenador da pesquisa, o projeto começou com um grupo que busca alternativas para controle de pragas.
Na época, eles tentavam produzir um repelente que funcionasse para o mosquito Aedes aegypti, mas, quando fizeram um teste, notaram que, além do efeito de repelência, o composto também matou os mosquitos. Com isso, passaram a testar a substância em outros animais que estavam no laboratório, como a aranha marrom e o escorpião amarelo.
Aranha-marrom, porém, possui um exoesqueleto bastante resistente contra a absorção de líquidos, o que dificulta a ação pesticidas usados contra a aranha, mas o principal problema é que o produto comercial usa piretroide, uma subtância nociva ao ser humano.
Agora, os pesquisadores estudam as possibilidades de aumentar a eficiência do composto e transformá-lo em um produto que possa ser usado dentro de casa. A inovação dessa pesquisa é que estão sendo usadas substâncias naturais que não apresentem riscos à população.
A equipe, cuja pesquisa foi financiada pelo CNPq e Fundação Araucária, já está com o pedido de patente do produto depositado no Brasil e no exterior.
Com informações da Gazeta do Povo.