Todo mundo revoltado

Clubes ficaram na bronca com atitude da FPF

A decisão da Federação Paranaense de Futebol (FPF) de mandar o clássico entre Paraná e Coritiba para Cascavel desagradou os dirigentes dos dois clubes. Segundo o novo presidente do Tricolor, Luis Carlos Casagrande, a medida pegou o clube de surpresa. “Estamos tentando resolver esta situação, mas realmente não sabemos o que aconteceu, pois já fizemos tudo o que a Polícia Militar havia pedido”, afirmou Casinha.

Já o mandatário do Coxa, Rogério Bacellar, reclamou do fato de o estádio escolhido ser muito distante da capital paranaense e que os gastos com a viagem será enorme. “Eu acho um absurdo. Não por jogar fora da cidade. Mas poderia ser em uma cidade mais perto. Imagine o custo para cada clube, o deslocamento. A Vila foi interditada em cima da hora. o Coritiba liberaria o Couto Pereira, ninguém está invertendo o mando, foi por motivos alheios à vontade de todo mundo. Mas o regulamento não permite a inversão de mando, mas permite gastos assim. O Paraná está com dificuldades financeiras, vai gastar quanto para jogar lá? Nós vamos gastar quanto?”, esbravejou.

Em entrevista à rádio Banda B, Bacellar ainda foi mais além e ainda acusou a FPF de uma possível retaliação pelo fato de os dois clubes terem votado na oposição nas eleições presidenciais da FPF. “Pode ser sim represália. A Federação tinha que cuidar melhor dos clubes e não levar o clássico da noite do dia para Cascavel e interditar o estádio”, declarou.

No entanto, dentro da própria cúpula alviverde, esta opinião é dividida. “Não acredito em retaliação, apenas uma incoerência, um desrespeito com os torcedores. Em um momento desses tem que se passar por cima do regulamento”, afirmou o vice-presidente do clube, Ernesto Pedroso, sobre o clássico ser disputado no Couto Pereira (vale ressaltar que o impedimento de inversão de mando está no Regulamento Geral da CBF).

Em entrevista à Tribuna na última segunda-feira, o presidente em exercício da Federação, Amilton Stival, fez questão de ressaltar que nenhum dos clubes que votou na chapa de Ricardo Gomyde teria qualquer problema com a atual diretoria da entidade. “Os 25 clubes que votaram contra têm o direito, vivemos em uma democracia e tudo continua normal. Passamos uma borracha e está tudo igual como antes. Isso se encerrou no sábado e a relação continua normalmente. Eles continuam filiados e têm o mesmo direito de todos”, declarou Stival.