Um desafio por dia

Contra o Nacional, Gusso quer manter crise fora de campo

Após 18 anos na função de treinador, entre equipes profissionais de menor porte e trabalhos em categorias de base, o técnico Luciano Gusso encara no Paraná, em 2015, sua primeira chance em um time de maior peso no cenário nacional.

Nesta noite, quando o Tricolor entrar em campo para enfrentar o Nacional, às 19h30, na Vila Capanema, Gusso alcançará a marca de seis partidas como comandante efetivado do time. Tempo suficiente para afirmar: por causa da atual crise vivenciada no Durival Britto, a experiência não poderia estar sendo mais desafiadora.

“Tem sido uma experiência única, por tudo aquilo que envolve o clube hoje e pelo fato de ser um elenco jovem. É um desafio que não é fácil de encarar”, afirma Gusso. “Hoje, na verdade, você tem de ser um pouco treinador, mas tem de saber administrar os momentos difíceis. Tem de saber lidar com os atletas porque, até mesmo em termos de cobrá-los, você tem de considerar o extracampo e ser um pouco psicólogo também”, prossegue.

Nos cinco duelos em que esteve à frente do time neste Estadual, o treinador obteve aproveitamento de 46,7% dos pontos disputados. Gusso garante que a campanha ainda irregular em campo e a situação caótica fora dele, no entanto, não afetam o bom clima vivido nos vestiários, garantido pela relação de longa data com os mais jovens e o apoio de peças experientes, como o meia Lúcio Flávio e o goleiro Marcos.

“Os mais jovens, a maioria eu já conheço. Os mais experientes são bons profissionais e pessoas excepcionais, não tenho problema nenhum. Todos estão conscientes do momento do clube e brigando por uma vaga no time, sem privilégios”, garante.

As cobranças da torcida, que após derrota para o J. Malucelli, na última partida disputada em casa, vaiou a equipe, também não incomodam, assevera Gusso, que garante também manter boa relação com a cúpula tricolor. “O que o torcedor quer, também queremos. Nós conhecemos o dia a dia e entendemos mais o clube. Mas o torcedor sempre tem o direito de cobrar a vitória”, diz.

“A maior dificuldade é administrar os problemas e ainda motivar os atletas. O maior ensinamento é, a cada treino, cada jogo, entender que o futebol é um processo constante de aprendizado”, crava o treinador, que tem apenas uma dúvida para escalar o Paraná. O goleiro Marcos, com dores na região lombar, será avaliado momentos antes do jogo. Caso não possa atuar, Murilo segue na meta. O restante do time é o mesmo que venceu o Maringá na última rodada.