O Coritiba faz no próximo sábado – às 21h, no Itaqueirão, frente ao Corinthians – a sua sétima partida fora de casa sob o comando do técnico Marquinhos Santos. Até aqui, o retrospecto é muito ruim: um empate e cinco derrotas, com um aproveitamento de 5,56%. Um cenário pouco animador e que faz o treinador ‘quebrar a cabeça’ na busca pela formação ideal. Nessa trajetória, já tentou de tudo, com um, dois e até mesmo três volantes. O resultado, porém, foi sempre o mesmo. Uma série de derrotas que mantém o Verdão atolado na zona de rebaixamento.
Na média, Marquinhos Santos vem optando por dois jogadores de contenção, mantendo o time com um teórico poder de criação, recorrendo a dois meias. Houve, no entanto, duas exceções. Diante do Santos – logo após golear a Chapecoense (3×0) -, a opção foi por um time mais cauteloso. O treinador escalou Hélder, Gil e Rosinei, com Robinho sendo o único armador. O Coxa fracassou e perdeu por 2×1 (mesmo contestando um gol anulado pela arbitragem). O desempenho não agradou o treinador, que nos jogos seguintes não escalou mais três volantes.
Contra o Sport, após derrotar o vice-líder São Paulo e sair da área de risco, a escolha foi de um time com o mesmo padrão utilizado em casa, com Hélder e Rosinei na proteção, Robinho e Dudu na armação. Só que o time não reeditou a jornada anterior e perdeu por 1×0. A necessidade de vitórias fez com que Marquinhos Santos lançasse mão de um time absolutamente ofensivo diante do Internacional, apontado como um dos times mais fortes deste Brasileiro. Em Porto Alegre, ele escalou apenas um volante (Hélder), tendo outros dois meias (Robinho e Alex) e três atacantes. O resultado final também foi ruim: derrota por 4×2.
Após vencer dois jogos seguidos em casa, o Coritiba corria atrás de uma sequência de bons resultados em Goiânia. Só que diante de alguns desfalques, Marquinhos optou por dar nova oportunidade a Baraka e escolheu Gil para formar a dupla de contenção. Estratégia desfeita ainda no intervalo e com resultado final muito ruim. A derrota por 3×0 jogou o Coxa para a lanterna da competição. Um quadro agravado na jornada seguinte. Mesmo com a volta de Rosinei e a boa presença de Sérgio Manoel, após um ano e dois meses afastado dos gramados, o time foi apático e caiu por 4×0, diante do Figueirense.
E agora?
Agora, frente ao Timão, fica a expectativa em torno da formatação do time. O retrospecto indicaria para a utilização de apenas dois volantes. Mas, Marquinhos Santos abriu a semana escalando o meio-de-campo com Sérgio Manoel, Hélder e Rosinei. O trio, que ainda não atuou lado a lado, teria um diferencial. São volantes de origem, mas com qualidade de passe, algo primordial para um time que não pode mais ver no empate um bom resultado. Com 33 pontos e em 18º lugar, o Coritiba precisa de quatro vitórias em sete rodadas para tentar salvar o ano e escapar da degola neste Brasileirão.