Insuficiente

Clube e empresa criam novo impasse para o teto da Arena

Com exatamente um mês para concluir a instalação do teto retrátil da Arena da Baixada, o Atlético parece estar vivendo em uma realidade distinta da atual situação das obras. Sem falar a mesma língua da Lanik I.S.A., que é responsável pelos equipamentos e pela supervisão da estrutura retrátil, o clube não trabalha com a possibilidade da obra não estar concluída até o último dia de novembro, somente cinco dias antes da realização do evento de MMA Shooto 52, agendado para o complexo atleticano em conjunto com a G3 United, nova gestora do estádio.

Depois de acordar com a Lanik I.S.A. que a empresa espanhola seria responsável somente pela supervisão e delegação das funções na montagem do teto retrátil, as obras praticamente não saíram do lugar. Anteontem, quando os três engenheiros espanhóis chegaram para trabalhar na colocação da estrutura, alguns problemas foram apontados e, principalmente a finalização da obra dentro do prazo foi colocada em xeque pela Lanik I.S.A..

O diretor-executivo da Lanik I.S.A. para América do Norte e Sul, César França, afirmou que as responsabilidades que cabem à empresa estão sendo cumpridas e que o prazo da instalação do teto retrátil ficou por conta exclusivamente do Atlético. “Nossa obrigação como empresa é supervisionar, através destes técnicos espanhóis, além dos projetos, materiais e equipamentos que já estão em Curitiba”, frisou.

França ressaltou também que se o Atlético, na parte que lhe cabe na instalação da estrutura, não se empenhar para aprimorar os equipamentos na colocação do teto, o trabalho será consideravelmente comprometido. “Simplesmente isso depende somente do Atlético. Eles precisam empenhar esforços na parte de estrutura de ponta capaz de instalar a estrutura retrátil dentro do prazo. Se isso não acontecer, a data estabelecida será comprometida”, avisou o diretor-executivo da empresa espanhola.

Quando entraram em um acordo, Atlético e Lanik I.S.A. acertaram que a empresa espanhola cobraria o valor inicialmente acordado – para colocação antes da Copa do Mundo – de 94 mil euros, mas que a mão de obra seria de responsabilidade do clube. Assim, além do montante que terá que pagar para a Lanik I.S.A., o Atlético pagará a SGE Estruturas Metálicas para instalar a estrutura e ainda arcar com a locação de equipamentos. Anteontem, na tentativa de içar uma das peças do teto, foi constatado que um dos guindastes não teria capacidade de realizar o serviço. “Pode ficar mais caro do que o orçamento que apresentamos para o Atlético. Eles garantiram que são capazes e vamos orientá-los para dar tudo certo”, acrescentou França.

Apesar do pessimismo da Lanik I.S.A. quanto a instalação do teto retrátil da Arena da Baixada dentro do prazo estabelecido, o Atlético, segundo a assessoria de imprensa da G3 United, garante que a tampa do caldeirão será colocada e estará funcionando até o dia 5 de dezembro. Por isso, o clube e a nova gestora da Baixada não trabalham com a possibilidade de adiar o evento para outra data. São esperadas pelo menos vinte mil pessoas no Shooto 52.