Para quê tudo isso, Beto?

Efetivo da PM na Alep é maior do que o aplicado na cidade diariamente

A Polícia Militar do Paraná começou a cercar a Assembleia Legislativa com um cordão de isolamento no início da tarde de sábado. O objetivo é garantir a votação de dois projetos do programa de ajuste fiscal no Legislativo nesta semana. O tamanho da área isolada pode chegar a quatro quadras ao redor da Assembleia e do Palácio Iguaçu.

A intenção do governo é isolar o Centro Cívico até quinta-feira, quando as propostas já tiverem sido aprovadas. Um interdito proibitório foi deferido pelo juiz Eduardo Lourenço Bana, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), no qual o magistrado assegura o uso da força policial em caso de descumprimento da decisão, que impede nova ocupação da Alep por funcionários públicos. Se houver nova ocupação, os servidores terão que pagar multa diária de R$ 100 mil.

Sem contar com agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), a Secretaria da Segurança Pública (Sesp) vai empregar 1.120 policiais por dia, conforme a escala de trabalho à qual reportagem da Gazeta do Povo teve acesso. O efetivo é praticamente o dobro do aplicado em Curitiba diariamente.

Foram convocados policiais de todos os batalhões da capital e de alguns da região metropolitana [12.º, 13.º, 17.º, 20.º, 22.º e 23.º]. O regimento de polícia montada, Patrulha Escolar, ajudantes de ordem que trabalham na segurança de autoridades, alunos da Academia do Guatupê, policiais da Força Ambiental e do Departamento de Apoio Logístico da PM também participarão. Estão previstos ainda agentes da Ronda Ostensiva Tático Motorizadas (Rotam) .

Um oficial ouvido pela Gazeta, que preferiu não se identificar, classificou a escala como insana. “É muito maior do que o aplicado na cidade diariamente”.