Imprudência

Manobra arriscada custa a vida de ciclista no Contorno Norte

A morte de um ciclista no quilômetro 5 do Contorno Norte, em Santa Felicidade, deu início a muitas reclamações dos moradores próximos ao local do acidente. O atropelamento foi por volta das 11h desta terça-feira (31), quando Kedy Garcia da Silva, 45 anos, tentou cruzar a frente de um caminhão caçamba para acessar um trecho da rodovia pela contramão.

Caminhoneiro, de 48 anos, e ciclista seguiam no mesmo sentido do Contorno Norte, rumo a Curitiba. Quando chegaram próximo à alça de acesso que permite entrar na Avenida Manoel Ribas, o caminhoneiro viu que o ciclista cruzou a frente dele e, numa manobra arriscada, tirou o caminhão para a outra pista na tentativa de evitar o acidente, mas o homem bateu na lateral direita do gigante.

Com o impacto, o ciclista caiu no chão. Muito assustado, o motorista do caminhão parou poucos metros à frente e chamou o Siate, mas quando os socorristas chegaram, já não tinham o que fazer. Ele disse que o ciclista tentou cruzar do nada e que, por sorte, estava em velocidade reduzida, se não o caminhão teria tombado.

Reclamações

Os moradores estavam revoltados com a quantidade de acidentes e atropelamentos que têm acontecido por ali. “Aqui é o contorno da morte e não contorno norte”, disse Edivaldo Sintra, presidente da associação de moradores do Butiatuvinha. Junto com outros moradores, o presidente da associação ameaçou fechar a rodovia caso uma atitude não seja tomada para evitar que mais acidentes aconteçam.

Para os moradores, um redutor de velocidade já ajudaria e diminuiria o risco para os moradores. “Sabemos que uma passarela, por exemplo, é mais difícil, mas então que façam um redutor de velocidade, uma lombada, algo que faça com que os motoristas diminuam a velocidade”, explicou o pedreiro Leonelson Militão Vieira, de 41 anos.

O pedreiro contou ainda que momentos antes de o acidente com o ciclista acontecer, por pouco ele não foi vítima de atropelamento. “Uns 40 minutos antes do acidente, eu passei pelo mesmo local a pé e, por pouco, não fui atropelado. Só não fui eu a vítima, porque cuidei e desviei, porque além de não termos onde atravessar a rodovia, ainda temos que andar pela grama, porque nem acostamento tem aqui”, desabafou.

A reportagem do Paraná Online entrou em contato com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e aguarda posicionamento sobre o assunto.