Fenômeno Harry Potter dispara a venda de livros

O bruxinho Harry Potter, que encanta crianças e adultos do mundo todo, tem sua legião de fãs também no Brasil. Basta dar uma olhada na lista de livros mais vendidos ou na bilheteria nos cinemas para perceber que Potter se tornou um fenômeno. “Basta um filme ser exibido no cinema para as vendas do livro seguinte dispararem”, conta o subgerente das Livrarias Curitiba do Shopping Curitiba, Leandro Caviocholo. O sucesso do bruxinho é tamanho que o último livro lançado pela escritora J.K. Rowling (Joanne Rowling) chegou às lojas das Livrarias Curitiba no dia 21 de junho e, já no dia seguinte, não havia um único exemplar. Detalhe: o livro tem 849 páginas e é todo em inglês.

“Existem adolescentes que admitem não saber muito inglês, mas falam que vão contar com a ajuda de um dicionário”, conta Caviocholo. Ele lembra que o lançamento já foi adiado duas vezes e que, quem realmente curte as aventuras de Harry Potter, não quer mais esperar. O lançamento da versão nacional está previsto para ocorrer apenas em meados de novembro e dezembro. “Já existe lista de espera”, afirma o subgerente.

Sobre a faixa etária dos leitores que gostam do bruxinho, Caviocholo diz que atinge desde crianças a partir de 8 anos até a idade média de 40 anos. “O livro tem uma reação boa no mundo todo”, confirma. O livro “Harry Potter and de order of de Phoenix” custa R$ 105,00. Apesar do preço salgado, Caviocholo conta que outros cem exemplares já foram comprados -no primeiro lote foram 150 livros-, e as vendas são tidas como certas.

Os outros quatro livros da escritora são Harry Potter e a Pedra Filosofal, lançado em 97, Harry Potter e a Câmara Secreta (98), Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (99) e Harry Potter e o Cálice de Fogo (2000). Os preços variam entre R$ 31,00 e R$ 45,00.

Fantasia

A psicóloga Nadia Maria Pasa Fassbinder não vê o modismo de Harry Potter como algo problemático. “É uma maneira de as crianças darem vazão às suas fantasias. Os contos de fadas ajudam as crianças a trabalhar uma série de conteúdos”, defende. Outro lado positivo do bruxinho, segundo ela, é o incentivo à leitura.

“O problema é o uso que a sociedade faz desse modismo, a visão capitalista, mercantilista, de consumo”, ressalva. Nessa hora, segundo ela, o importante é a solidez da relação familiar. “Tem muitos pais que preferem dar o que o filho pede para não se incomodar. Ou então dão porque trabalham muito, não têm tempo para o filho e se sentem culpados”, diz. Para ela, isso é um erro, porque as crianças sempre vão querer mais e mais. “Pedir não é o problema. A questão é o modo como os pais lidam com o pedido dos filhos. E os filhos também precisam ouvir não de vez em quando”, arremata.

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