Piracema proíbe pesca no Rio Paraná

Começa hoje, em toda a bacia do Rio Paraná, o período de defeso da piracema. Está, portanto, proibida a pesca de espécies nativas da região. A medida, que vem sendo instituída anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ficará em vigor até o dia 28 de fevereiro e vale para todos os rios, afluentes e alagados da bacia. O objetivo é garantir a reprodução dos peixes, mais vulneráveis durante a desova.

No Paraná, a proibição atinge também as bacias de rios como Iguaçu, Paranapanema, Ivaí, Tibagi, bem como todo o Lago de Itaipu, entre outros locais. A fiscalização está sendo realizada por fiscais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e pela Força Verde.

Os infratores respondem por crime ambiental e podem ser penalizados com multa de R$ 700 a R$ 100 mil, mais R$ 20 por quilo de peixe pescado, além de detenção de um a três anos. Todos os equipamentos usados na pesca, inclusive barcos e carros, também podem ser apreendidos imediatamente.

De acordo com o capitão Valdecir Capelli, da Força Verde, algumas modalidades de pesca estão autorizadas, como as feitas com linha de mão, caniço, vara com molinete ou carretilha. Também podem ser pescadas normalmente espécies exóticas existentes na bacia, como o tucunaré, a carpa e a tilápia.

Proibidas

Entre as espécies nativas e, portanto, proibidas de serem pescadas, estão o dourado, o pintado, o jaú e o lambari. Estão proibidas ainda, durante o período, competições de pesca, o uso de trapiche ou plataformas flutuantes e a pesca subaquática.

Capelli explica que todo o efetivo da Polícia Ambiental da região está mobilizado durante a piracema. Eles estão equipados com embarcações e viaturas. Fazem ainda vistorias a pé nas bordas dos lagos e rios. Segundo ele, a maioria dos pescadores costuma respeitar as medidas. “Mas sempre tem aqueles que não se conscientizam”, diz.