Ibama libera caça ao javali no Rio Grande do Sul

Uma portaria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou a caça ao javali em 11 municípios do Rio Grande do Sul a partir desta semana. O animal é de origem européia e chegou aos campos e matas do Estado a partir de criatórios existentes na Argentina. Adaptado ao novo hábitat, multiplicou-se até virar uma ameaça à economia de alguns municípios por devastar lavouras de milho e soja e por matar cordeiros e aves.

É o caso da cidade de Herval, na fronteira com o Uruguai  onde a prefeitura esteve próxima de decretar situação de emergência depois de constatar que 40% das lavouras foram consumidas por javalis. Além de Herval, a caça está liberada em Bagé, Pinheiro Machado, Arroio Grande, Jaguarão, Pedro Osório e Piratini, na zona sul do Estado; em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre; e em Caxias do Sul, Cambará do Sul e Bom Jesus, na região serrana.

O abate será supervisionado pelo Ibama. Os caçadores serão cadastrados em equipes e terão guias treinados pelo instituto. A temporada terá duração de um ano e não há restrição ao número de animais que pode ser abatido por caçador.

Já estão cadastradas 45 equipes com matilhas de três a oito cachorros para as caçadas na zona sul do Estado, onde há campos e grandes propriedades rurais. Nas outras regiões, o sistema predominante será o de armadilhas e cevas. O técnico do Ibama Scherezino Barbosa Scherer explica que a medida se tornou necessária porque o javali virou uma praga. ?Ele disputa alimentação com animais nativos, como o tatu, e destrói árvores em fase de brotação?. Há bancos que dificultam o financiamento a proprietários rurais nas zonas de ocorrência de javalis.

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