Concurso para agentes de saúde de Curitiba tem 1713 aprovados

O teste seletivo realizado pela Secretaria Municipal da Saúde e Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC) para contratação de agentes comunitários de saúde teve 1713 aprovados, nesta primeira fase. A partir do próximo dia 23, será realizada a etapa de entrevistas.

Em março, começam a trabalhar 130 novos agentes, que serão contratados de imediato, após aprovação em todas as etapas do concurso, pelo IPCC. Os demais vão formar um banco de profissionais e serão chamados assim que forem abertas novas vagas com a expansão da rede municipal de saúde.

O concurso ofertou 130 vagas e teve 3863 inscritos. Desses, 2835 realizaram as provas, dos quais 60,40% foram aprovados (1713) nesta fase. A distribuição dos aprovados por Distrito Sanitário foi a seguinte: 139 Portão; 59 Matriz; 275 Cajuru; 218 Boa Vista; 120 Santa Felicidade; 209 Pinheirinho; 216 Boqueirão; 223 Bairro Novo e 254 CIC. O concurso tem validade por dois anos.

Hoje são 1100 agentes, atuando em 82 unidades, vinculadas ou não ao Programa Saúde da Família (PSF). O salário é de R$ 350,00, pago pelo IPCC, que contrata o profissional. Desde novembro passado, os agentes de saúde recebem um adicional de insalubridade, de 20% sobre o salário mínimo, o equivalente a R$ 60.

"Os agentes comunitários são os verdadeiros promotores de saúde da cidade, que têm participação fundamental na redução mortalidade infantil, cuja taxa é a menor da história de Curitiba", diz o secretário municipal da Saúde, Michele Caputo Neto. O número de agentes por unidade de saúde varia de quatro a seis profissionais.

A distribuição dos novos agentes é por distrito sanitário, de acordo com a necessidade de cada unidade de saúde. Como o trabalho do profissional está ligado ao dia-a-dia da comunidade, cada candidato já foi direcionado, na hora da inscrição, para a US mais próxima de sua casa. Os candidatos devem comprovar no mínimo dois anos de residência naquela área.

Vigilância 

Os agentes atuam em conjunto com as equipes das unidades de saúde na vigilância do bem estar de mães, crianças, adolescentes, adultos e idosos. Eles fazem a ligação entre as famílias e o serviço de saúde, visitando os moradores de seu bairro que necessitam de um maior acompanhamento pelo menos uma vez por mês.

O trabalho do agente de saúde inclui o mapeamento das áreas monitoradas e o cadastramento de famílias, estimulando a comunidade a adotar práticas saudáveis de vida. As ações vêm ajudando a reduzir a mortalidade infantil, a combater a dengue, a evitar o agravamento de doenças – como diabetes e hipertensão -, e a aumentar a cobertura de vacinas.

Estes profissionais fazem parte do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), criado pelo Ministério da Saúde com a finalidade de reduzir a mortalidade infantil. O agente sempre trabalha identificado, com uniforme e crachá do PACS. "Os agentes fazem a diferença na atenção à saúde no município", reforça o secretário Michele Caputo.

Curitiba foi a primeira cidade do país a incluir agentes comunitários de saúde nas ações de combate ao mosquito transmissor da dengue. Os atuais 1.100 agentes que atuam em todas as unidades básicas de saúde da cidade já incluem, no seu trabalho de rotina, orientações à população e varreduras em áreas com maior risco de proliferação do mosquito.

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