Polícia Civil decide entrar em greve

Policiais civis de Curitiba e região metropolitana decidiram entrar em greve. A decisão foi tomada, ontem, em reunião com cerca de 130 policiais. A data ainda não está definida, pois depende da decisão dos policiais civis de Londrina, Cascavel e Maringá, que também deverão optar pela greve, segundo as lideranças sindicais.

Após o comunicado dessas outras cidades, será formado um comando de greve que decidirá a data da paralisação. A Secretaria da Segurança Pública (Sesp), afirmou que não iria se pronunciar sobre a decisão dos policiais.

Na tarde de ontem, a categoria discutiu o andamento das negociações com o governo do Paraná sobre a tabela de vencimentos da classe, criação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e aumento do efetivo, que gira em torno de 4 mil, quando o ideal seria o dobro.

Lei

Para o presidente do Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), André Luiz Gutierrez, a partir de agora serão adotados todos os trâmites legais para que a paralisação seja feita dentro da lei.

“Não queremos sofrer represálias judiciais como aconteceu com os nossos colegas agentes penitenciários. Infelizmente esse (a greve) foi o único caminho.” Segundo Gutierrez, quando a greve for iniciada nenhum policial civil irá trabalhar. “Quando fizemos a paralisação de um dia, fomos ameaçados de demissão. Assim que a greve começar, teremos 3 mil policiais dispostos a sofrer sanções administrativas. A classe está abandonada. Faltam verba e efetivo, e a consequência são as escalas escravizantes.”