Operação Publicano

STJ permite que o governador Beto Richa seja investigado

O governador Beto Richa (PSDB) será investigado por susposto envolvimento no esquema de corrupção da Receita Estadual. Nesta sexta-feira (11), o Superior Tribunal de Justiça (STJ), autorizou a abertura de inquérito.

Como Richa tem foro especial, ele não pode ser investigado pelos promotores de Justiça de Londrina e o caso foi repassado à Procuradoria Geral da República (PGR), em Brasília.

O aval para a investigação foi dado pelo ministro  do STJ, João Otávio de Noronha e o caso tramita em sigilo. A defesa do governador já foi notificada da decisão. O advogado Rodrigo Mudrovicht informou que espera que os fatos sejam apurados e que, após o prazo de 20 dias concedido pelo ministro para o andamento das investigações, o procedimento seja arquivado.

Ainda não está definido se os testemunhos serão colhidos no Paraná, em Londrina ou em Curitiba, ou em Brasília. Nesta fase, Richa não foi chamado para prestar depoimento. 

Por meio de nota, o governador Beto Richa afirmou que as doações que recebeu durante a campanha são legais e foram informadas à Justiça Eleitoral. “Não tenho nada a temer. Todas as doações recebidas pela minha campanha foram legais e declaradas à Justiça. Sou o maior interessado no esclarecimento completo dos fatos. Confio na Justiça”.

Ao chegar no governador a Operação Publicano, coordenada pelo Ministério do Paraná,  atinge o seu ápice. O processo  apura dados de uma delação premiada de que o esquema na Receita abasteceu o caixa da campanha de Richa nas eleições de 2014.

Além disso, no fim de janeiro, a vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, que acompanha investigações sobre governadores no STJ, pediu a instauração do inquérito para apurar suspeitas de que Richa se beneficiou de esquema de cobrança de propina para anular dívidas de empresários com o fisco estadual.

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