Aumentar o próprio salário?

Com medo da pressão, mais políticos do PR desistem de reajuste

A mobilização da população de Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro do Paraná, está causando efeito em outros municípios da região. A pressão popular impediu que os nove vereadores da cidade aumentassem seus salários de R$ 3,4 mil pra R$ 7,5 mil e o número de cadeiras da Câmara. Além de desistirem do aumento, os vereadores reduziram os salários, a partir de 2017, pra R$ 970.

Agora, vereadores de cidades próximas, como Ibaiti, Siqueira Campos e Cornélio Procópio, dizem que quem pretendia colocar em votação aumento de salário já mudou de ideia, com medo de manifestações semelhantes. “Não há mais clima pra colocar projetos semelhantes pra serem votados. O que aconteceu em Santo Antônio da Platina foi um exemplo pro país”, diz o presidente da Câmara de Ibaiti, Sidinei Robis (PTB).

O único município do Norte Pioneiro onde a Câmara conseguiu aumentar o número de cadeiras foi Jacarezinho. Na cidade com pouco mais de 39 mil habitantes, a partir de 2017, o Legislativo passará de nove pra treze parlamentares. A sessão que aprovou a alteração aconteceu um dia antes das manifestações em Santo Antônio.

Fazenda

Na região de Curitiba, o prefeito de Fazenda Rio Grande, Marcio Wozniack (PSDB), decidiu barrar os aumentos aprovados pelos vereadores depois de uma reunião com o presidente da Câmara, Silvestre Savitzki (PPS). O projeto inicial aprovado pelos vereadores previa reajustes de até 80%. Agora, além dos salários dos vereadores, os do prefeito, vice-prefeito e secretários vão continuar como estão. As emendas baixaram pra R$ 9,8 mil o valor sugerido como salário dos vereadores. Na proposta anterior, chegava a R$ 11,1 mil. Hoje, o salário é de R$ 6,1 mil.

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