Dilma discute clima, terrorismo e comércio em jantar com Obama, diz ministro

A presidente Dilma Rousseff jantou na noite desta segunda-feira na Casa Branca com o presidente Barack Obama, programação que faz parte da agenda oficial da visita da brasileira a Washington. Durante o encontro, descrito pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, como informal, os dois dirigentes conversaram sobre temas como mudança climática, Nações Unidas, terrorismo e comércio entre os dois países.

“Nesse jantar, que transcorreu num clima de cordialidade e transparência, se conversou sobre assuntos de interesses dos dois países e como aprofundar ainda mais as relações bilaterais”, disse o ministro a jornalistas na frente da Casa Branca, após o jantar. Nesta terça-feira, Obama e Dilma voltam a se encontrar, em uma reunião de trabalho, a partir das 11h15 (de Brasília).

O ministro disse que, no jantar, Dilma reconheceu a importância dos Estados Unidos como potência global e como o maior investidor no Brasil e um dos maiores parceiros comerciais do país. Além disso, se conversou sobre pontos em que os países podem trabalhar em conjunto, como educação, ciência, tecnologia e inovação. “São iniciativas que podem levar a um comércio mais intenso e a maiores investimentos”, disse Vieira.

Durante o encontro, Vieira conta que Dilma se referiu à quantidade grande de investimentos brasileiros nos EUA e também à quantidade de investimentos americanos no Brasil. A presidente mencionou que essa proporção, que cresceu nos últimos anos, pode crescer ainda mais, segundo Vieira.

“Foi uma conversa muito cordial, muito informal”, afirmou Vieira. Os dois dirigentes devem anunciar amanhã uma declaração sobre mudança climática, que pode conter inclusive metas e números, segundo o ministro, que preferiu não revelar detalhes na entrevista. “A declaração é excelente. Foi muito bem negociada.” Questionado se houve conversas sobre a Venezuela, o ministro disse que o país não foi mencionado no jantar. Sobre a ONU, Vieira conta que os dois presidentes falaram de temas como o papel da instituição e de operações de paz.