Políticos e lideranças do RJ defendem Dilma e a Petrobras na Cinelândia

Políticos e lideranças sindicais do Rio de Janeiro se revezaram em discursos em defesa da Petrobras e do governo federal durante manifestação na Cinelândia, no Centro do Rio.

“A Petrobras não é do governo nem de seus investidores. Ela é do povo brasileiro. Defender a Petrobras é dizer: fica Dilma!”, afirmou Roberto Amaral, ex-presidente do PSB e aliado histórico do PT. Ele foi uma das lideranças políticas mais aplaudidas na manifestação.

Além dele, o deputado federal Glauber Braga, correligionário do PSB, defendeu a participação do partido nas manifestações a favor do governo. “Esse é o PSB de raiz, de esquerda, que luta e defende seu programa. Esse PSB está junto do povo brasileiro nas ruas para garantir a democracia e que a vontade popular seja respeitada”.

Nas eleições de 2014, o partido se dividiu entre a candidatura do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o apoio à reeleição de Dilma Rousseff. Atualmente, o partido integra o governo paulista do PSDB e se posiciona como oposição ao governo federal.

Também discursaram no palanque armado em frente à Câmara Municipal do Rio o vereador Leonel Brizola (PDT), os deputados federais Jandira Feghali (PCdoB) e Alessandro Molon (PT).

“Queremos a prisão dos corruptos da Petrobras, mas não aceitamos que isso seja pretexto para privatizar a Petrobras e tirar as riquezas do povo brasileiro”, afirmou o deputado petista. Molon também criticou uma “tentativa de golpe” por parte da oposição.

A deputada Jandira Feghali criticou as manifestações contra o governo, puxadas por “derrotados das urnas”. “Eles não conseguirão interromper o mandato constitucional de Dilma porque nós já estamos nas ruas. Os cães ladram e a caravana da democracia passa”, afirmou.

A deputada saudou os militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), chamando-os de “exército do bem”. Na última semana, o ex-presidente Lula e o fundador do MST, João Stédile, se referiram ao movimento como um “exército”, e convocaram os militantes às manifestações.

Em diversos discursos, o termo foi repetido pelas lideranças e sindicalistas. Lula e Stédile foram chamados de “generais” do exército. As lideranças também fizeram críticas à imprensa e ao presidente da câmara Eduardo Cunha (PMDB), que estaria “manipulando” os projetos de reforma política em tramitação no Congresso.