Eleições 2014

Último debate é marcado por ataques entre candidatos

O último debate à presidência da República, realizado pela Rede Globo na noite de quinta-feira (2), foi marcado por ataques entre todos os candidatos. Confira os principais momentos do debate:

Por sorteio, a candidata do PSOL, Luciana Genro, foi a primeira a perguntar e escolheu a presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, para indagar se os escândalos da Petrobras eram resultado da aliança que o Partido dos Trabalhadores havia feito com os partidos de direita. “Se depender de mim este debate será propositivo, quero discutir propostas, propus medidas concretas contra corrupção, propostas que transformam caixa 2 em crime eleitoral”, rebateu.

Depois da defesa de sua gestão na área de combate à corrupção, Dilma falou que demitiu o diretor da estatal que está envolvido no escândalo. “Autorizei ampla e total abertura para investigações no caso da Petrobras”, disse a petista. Na réplica, Luciana Genro voltou a criticar as alianças do PT com os partidos de direita. “As alianças com a direita levaram ao mensalão”, frisou. E, na tréplica, Dilma disse: “Não acho que alianças definem corruptos.” E disse não acreditar que tenha alguém acima da corrupção, algo que todo mundo pode cometer. “Instituições têm de ser virtuosas e estar acima da corrupção.”

A segunda pergunta foi feita pelo Pastor Everaldo (PSC) ao candidato do PSDB, Aécio Neves, sobre o suposto uso político dos Correios em favor da campanha petista. Na resposta, o tucano disse: “É vergonhoso o que vem acontecendo no governo, a Petrobras deixou as páginas de economia para as páginas policiais, os Correios, centenário, está a serviço da candidatura do PT em Minas Gerais, quem disse isso foi uma liderança do Partido dos Trabalhadores. Boa parte da correspondência enviada por nós não chegou aos destinatários.” E atacou a adversária do PT: “Dilma disse que demitiu o diretor Paulo Roberto da Costa, mas a ata da Petrobras disse que ele renunciou. Além disso, ele recebeu elogios por sua atuação. Este senhor está sendo obrigado a devolver R$ 70 milhões roubados da Petrobrás.”

Na réplica, Pastor Everaldo disse que os Correios estão processando sua candidatura porque ele denunciou esses escândalos da estatal. “Estão tentando calar a boca de quem diz a verdade, basta dessa corrupção”, emendou. Aécio, na tréplica, disse que encontrou essa indignação em todo o Brasil, de pessoas que não aguentam mais ver o Estado brasileiro a serviço de um projeto de poder. “É este vale tudo”, disse, citando inclusive os ataques da campanha do PT a Marina Silva, sua adversária do PSB.

Depois dessa resposta, Aécio perguntou a Marina Silva onde estava a nova política que ela prega, se a coligação dela entrou na justiça para tirar sua propaganda do ar, simplesmente porque ele disse que ela foi dos quadros do PT por 24 anos. Na resposta, a pessebista disse que a nova política está na postura de quem, mesmo num partido, nunca se rendeu ao ilícito. E criticou o adversário, dizendo que ele permaneceu no PSDB mesmo depois do mensalão mineiro e depois da votação da emenda de reeleição, no governo de Fernando Henrique Cardoso, que no seu entender foi onde se originou a prática do mensalão.

Aécio rebateu, dizendo que ela diz que pretende governar com os bons, mas quando foi ministra do governo Lula (da pasta do Meio Ambiente) nomeou pessoas que foram derrotadas nas urnas. “Pela primeira vez na história deste País você (Aécio) se uniu com o PT para me atacar”, reclamou Marina.

Dilma questiona Aécio Neves sobre privatizações

No segundo bloco do debate, a presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, antes de responder a pergunta do candidato do PV, Eduardo Jorge, se não ficava triste com a morte de jovens que fizeram aborto, defendeu a ação de seu governo no caso Petrobras, destaca,ndo que o ex-diretor da empresa Paulo Roberto da Costa confirmou à CPI que, a pedido da diretoria da estatal, fez uma carta de demissão. “No tema corrupção, eu gostaria de fazer um esclarecimento. Foi dito que eu menti sobre a corrupção na Petrobras, mas foi o ex-diretor que fez a carta de demissão a pedido da diretoria, disse, dizendo que “é má-fé” negar os fatos.

Ao responder sobre a morte das jovens, disse que a legislação atual prevê interrupção da gravidez em três casos e nesses casos com autorização da gestante. Na réplica, Eduardo Jorge (PV) argumentou: “Eu acho que se a senhora se reeleger, eu gostaria que reconsiderasse e pelo menos pensasse em apoiar o PV em revogar essa lei machista que mata mulheres como Jandira (que morreu no Rio de Janeiro ao fazer aborto), eu peço que repense a legislação sobre o aborto.”

Dilma questionou o presidenciável tucano Aécio Neves sobre a hipótese de privatizar o Banco do Brasil, Caixa, Petrobras e BNDES, um tema que levou o PSDB a ser derrotado nas urnas pelo PT no pleito que elegeu o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva. Antes de responder, o tucano voltou ao escândalo da Petrobras. “Faltou à senhora dizer quais foram os serviços prestados por Paulo Roberto Costa à Petrobras.” E sobre a privatização dessas empresas, afirmou: “Imagine uma Embraer nas mãos do PT. Fizemos (governo tucano de FHC) as privatizações em setores que eram necessários. No nosso governo, a Petrobras vai ser devolvida aos brasileiros. Os bancos públicos não serão cabides de emprego.” E ouviu a réplica da petista: “Vocês entregaram a Caixa e o Banco do Brasil em estado precário (para o governo petista)” e disse achar estranho “a leveza” com que o tucano tratava um tema tão complexo como a privatização de empresas públicas. Na tréplica, Aécio devolveu o ataque: “A indignação do povo é contra o aparelhamento de empresas públicas por seu governo, vocês entregaram nossa maior empresa e eu espero devolvê-la ao povo brasileiro.”

Em seguida, Marina Silva (PSB) questionou Dilma Rousseff sobre o papel do Banco Central. “A senhora tem feito uma série de acusações sobre a autonomia do Banco Central, que a senhora defendeu na campanha de 2010 contra José Serra (PSDB). Qual Dilma está falando agora?” Na resposta, Dilma atacou: “A senhora está deliberadamente confundindo autonomia com independência. Independentes só são os poderes. Independência do Banco Central é dar um quarto poder aos bancos, sou a favor da autonomia. Ela tem que ser uma opção que os governos fazem em relação a uma política de combate à inflação. Sugiro que a senhora leia o que escreveram no seu programa.” E emendou: “Quando se escolhe um presidente, se escolhe também uma política econômica.”

Na réplica, Marina atacou: “Está falando a Dilma das eleições e não a Dilma das convicções. Por não ter sido nem vereadora e ter sido presidente da República, confunde os poderes”. E ouviu de Dilma na tréplica: “Informo à candidata que a inflação está sob controle. Acho importante ela ler o que está no programa, até porque eu não tenho responsabilidade sobre isso. Quer dizer então, candidata, que quem não fez a carreira não pode ser presidenta? Essa crítica da inexperiência me surpreende em quem defende a nova política.”

O Pastor Everaldo (PSC), o próximo a fazer perguntas, foi interrompido pelo mediador William Bonner ao tentar fazer uma pergunta sobre o PAC, que ele ironizou dizendo que era o ‘programa do atraso do crescimento’ e foi informado que tinha de perguntar sobre previdência, tema sorteado por Bonner. Na resposta, o candidato Aécio Neves disse que começou a discutir essa reforma na Granja do Torto, na gestão de Lula, quando era governador de Minas Gerais. “O Brasil tem um problema grave de previdência. Eu era governador em Minas Gerais, em 2006, e ali começamos a discutir um projeto viável, racional, para o sistema de previdência no Brasil. E avançamos. Infelizmente, o presidente da República (o petista Luiz Inácio Lula da Silva) arquivou esta proposta de reforma. Assim como arquivou todas as outras.”

Fidelix, Luciana e Marina travam embate sobre segurança

Levy Fidelix (PRTB) continuou o embate com Lu,ciana Genro (PSOL) e a chamou de guerrilheira para perguntar sobre segurança pública e combate às drogas. “Você esteve em Cuba, na Venezuela, e treinou muito bem a guerrilha. Estudei você antes de vir para cá”, disse Levy.

“Hoje vivemos uma verdadeira guerra aos pobres ao invés de uma guerra. A polícia pacificadora não funciona. A guerra às drogas não acabou com o tráfico, apenas aprisiona negros e pobres. Por isso defendemos o fim desta lógica de segurança pública. Uma política que venha para defender os direitos humanos e não violá-los”, respondeu Luciana, que disse que até Fernando Henrique (PSDB) admitiu que a guerra às drogas não acabou com o problema do narcotráfico. Luciana reforçou sua proposta de desmilitarizar a polícia, com valorização do salário dos policiais.

Na réplica, Levy disse que falta aparato à polícia e acusou Luciana de fazer apologia às drogas e ao aborto. Ainda na troca de farpas, a candidata do PSOL negou fazer essas apologias. “Apenas não faço defesa que o jovem porque fuma maconha seja encarcerado.”

Em seguida, Luciana questionou Marina Silva (PSB) sobre sua proposta para segurança pública, se seria uma política semelhante àquela defendida pelo PSDB. Marina reagiu à comparação dela com tucanos. “Você faz questão de me colocar no mesmo patamar daqueles que eu enfrento. Isso é política de conveniência”, rebateu Marina.

Luciana havia dito que Marina poderia ceder a pressões na segurança, como o teria feito em temas ligados ao agronegócio, sobre independência do Banco Central e na pauta LGBT. “Bastaram quatro tuítes do Silas Malafaia para você voltar atrás no seu programa na defesa de direitos LGBT”, afirmou.

Especificamente sobre segurança, Marina respondeu exaltando a experiência do programa Pacto Pela Vida, promovido pelo falecido Eduardo Campos em Pernambuco, e ressaltou sua proposta de reforçar a parceria do governo federal com os Estados através de um fundo nacional para segurança pública. Marina aproveitou para alfinetar o governo Dilma Rousseff (PT) dizendo que vários Estados só tiveram segurança durante a Copa.

Dilma e Marina trocam farpas ao final do tempo previsto

No segundo bloco, as candidatas do PT, Dilma Rousseff, e do PSDB, Marina Silva, trocaram farpas apesar da advertência do mediador William Bonner, após o tempo previsto para o embate entre as duas já ter se esgotado. Na discussão, antes dos microfones serem cortados, Marina disse que Dilma tinha um jeito um tanto atrapalhado de falar as coisas.

Antes dessa discussão, Marina questionou a petista sobre o fato de ela não ter entregue o programa de governo e não ter cumprido seus compromissos de campanha feitos em 2010. “Eu cumpri todos os meus compromissos, hoje o Brasil pratica a menor taxa de juros de toda a sua história, demos autonomia para as investigações”, rebateu Dilma. E levantou dúvidas sobre a capacidade da adversária do PSB governar o País. “Quem pode achar que farão melhor se nunca construíram um programa social, como o PT.”

Na réplica, a candidata do PSB ironizou, dizendo que houve uma “demissão premiada” de Paulo Roberto Costa. E Dilma atacou: “O seu diretor, nomeado por você, de fiscalização do Ibama, foi afastado pelo meu governo por desvio de recursos. E nem por isso eu saio por aí dizendo que você sabia da corrupção. Sejamos honestas.”

Antes do embate entre as duas, o candidato do PRTB, Levy Fidelix, indagou o Pastor Everaldo (PSC) sobre a questão de segurança pública. “Hoje o bandido está solto nas ruas e o cidadão de bem está preso dentro de sua casa”, disse Everaldo, destacando que sua coligação propôs a criação do Ministério da Segurança Pública para coibir, dentre outras coisas, as drogas que afetam os jovens do País. Estamos querendo reequipar, reaparelhar e sincronizar toda a polícia do Brasil”, reiterou.

Em réplica, Fidelix afirmou: “O nosso governo está engavetando o reajuste do exército, marinha e aeronáutica. Eles não fazem nada a não ser dar dinheiro a quem não precisa, principalmente os cubanos”. “O PSC tem lutado para colocar em votação a PEC 300, que estabelece a dignidade salarial do policial. Infelizmente o governo não deixa vot,ar”, finalizou Everaldo.

Aécio questiona se Dilma fracassou na política econômica

O candidato do PSDB Aécio Neves e Dilma Rousseff (PT) trocaram críticas em relação às condução da política econômica feita por seus partidos no governo federal, durante o debate da TV Globo. Aécio chamou de “pérola” a afirmação de Dilma de que a inflação está sobre controle e a questionou se ela fracassou na economia.

Dilma respondeu ter sido bem-sucedida em comparação aos governos tucanos, que segundo ela quebraram o País três vezes e colocaram o Brasil “de joelhos” ante o Fundo Monetário Internacional (FMI). “Vocês tiveram uma taxa de juros que bateu todos os recordes durante a gestão Armínio Fraga”, disse Dilma sobre o economista que foi indicado por Aécio para assumir o Ministério da Fazenda em eventual governo.

“Nem a competência do seu marqueteiro João Santana será capaz de reescrever a história”, rebateu Aécio ao ressaltar que o governo Fernando Henrique recebeu uma taxa anual de inflação de 916% e entregou a 7%. Sobre a taxa de 12% de inflação mencionada por Dilma, Aécio disse que foi um pico devido à imprevisibilidade gerada com a expectativa da eleição do presidente Lula.

Na tréplica, Dilma mudou de assunto. Disse a Aécio que outro exemplo de distorção feita pelos tucanos é a proposta de distribuir remédios gratuitamente. “Esse programa já existe, chama Farmácia Popular”, afirmou Dilma.

Após o embate, Eduardo Jorge (PV) assumiu o púlpito e, antes de fazer sua pergunta, dirigiu-se à presidente para dizer que foi ele quem propôs primeiramente o programa Farmácia Popular.

Marina aproveita resposta para criticar Dilma

A candidata do PSB, Marina Silva, respondeu a um comentário do Pastor Everaldo (PSC) sobre as acusações de corrupção na Petrobras. Foi uma oportunidade para a pessebista insistir no tema sensível à sua principal adversária, Dilma Rousseff (PT). “Lamentavelmente, a presidente Dilma diz que não sabia sobre o que acontece hoje com a Petrobras”, disse Marina ressaltando que havia diversas denúncias partindo da própria Casa Civil e que a presidente insiste em dizer que não sabia.

Marina repetiu que Dilma mentiu ao dizer que demitiu o diretor Paulo Roberto Costa, preso em investigação da Polícia Federal sobre lavagem de dinheiro acusado de desviar recursos da Petrobras. “Ele saiu do governo porque ele mesmo pediu para ser demitido e ainda recebeu elogios na ata de demissão”, disse Marina, que voltou a defender o uso de critérios técnicos para preenchimento de cargos na estatal como medida preventiva de corrupção. A candidata do PSB disse que pessoas virtuosas criam instituições virtuosas, que podem corrigir as pessoas virtuosas caso elas falhem em sua virtude. A afirmação foi uma resposta a uma fala anterior de Dilma, que disse que as instituições têm que ser virtuosas e estar acima da corrupção.

A ex-ministra também criticou a presidente de se apropriar da autonomia de órgãos como a Polícia Federal e o Ministério Público. “Quem deu autonomia para o Ministério Público foi o constituinte, para evitar uma postura autoritária. A Polícia Federal é um órgão de Estado, não de governo ou de partido.”

Política penitenciária

Eduardo Jorge (PV) questionou Marina Silva (PSB) sobre que propostas teria para a questão penitenciária. Marina voltou a exaltar o programa pernambucano Pacto Pela Vida, do falecido Eduardo Campos, e falou sobre uma perspectiva mais humanizada de segurança, com envolvimento da sociedade.

O candidato do PV propôs penas alternativas e cumprimento mais adequado de medidas cautelares para combater a superlotação de presídios e cobrou de Marina uma resposta mais direta sobre as penitenciárias brasileiras, ao que Marina falou sobre a importância da agilização de processos e provimento de serviço público de advocacia.

Nessa troca, Jorge mencionou processos de demarcação de terras indígenas parados no Ministério da Justiça, ao que Marina aproveitou para alfinetar o governo Dilma Rousseff (PT) e dizer que esta é a gestão com menor &iac,ute;ndice de demarcação de terra indígena.

Considerações finais no debate

A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) repetiu, em suas considerações finais do debate, que a eleição é um “momento especial” e que pedia “com humildade” o voto do telespectador no domingo. Dilma reforçou o discurso da experiência e da segurança. “O telespectador tem que perguntar quem tem mais experiência e capacidade para avançar ainda mais? Quem tem compromisso com os trabalhadores para defendê-los nos momentos bons e ruins?”, questionou. Concluiu pedindo novamente que o eleitor vote, no domingo, com “consciência, paz e amor no coração”.

O candidato do PSDB, Aécio Neves, lembrou uma frase que sua avó Risoleta, esposa do falecido presidente Tancredo Neves sempre dizia, que a gratidão é a memória do coração. “Este é o sentimento que tenho neste momento. A cada um de vocês, reitero o que disse pessoalmente, que posso fazer um governo transformador. Reuni os melhores e mais talentosos quadros para fazer a sua vida melhor, para fazer com que seu filho tenha a melhor educação e possa enfrentar um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, para que a segurança pública seja uma realidade. Quero ser o presidente de todos os brasileiros e posso garantir que vocês terão um governo honrado e eficiente.”

A candidata do PSB, Marina Silva, abriu suas considerações finais falando do desejo do eleitorado por mudança, com melhoria na representação política e nos serviços de saúde, educação e segurança. Marina falou do meio ambiente, criticando postura recente da presidente Dilma Rousseff (PT) em conferência da ONU. “A presidente Dilma se recusou a assinar acordo para proteger as florestas recentemente”, alfinetou. E bateu também no tema sensível para o PT no momento, as acusações de corrupção na Petrobras. “Sabemos o quanto a população quer dar um basta à corrupção, que drena recursos”, disse. Marina falou ainda que apresentou um programa de governo e reforçou o seu número na urna, que não é conhecido por praticamente metade de seu eleitorado, pedindo que as pessoas votem 40 “sem medo”.

O candidato do PSC, Pastor Everaldo, também usou seu tempo de consideração final para criticar a postura da presidente na ONU. “Em entrevista coletiva, a presidente defendeu diálogo com assassinos terroristas”, lamentou e disse representar a verdadeira mudança. Encerrou com seu discurso clássico contra aborto, contra a legalização do casamento gay e contra a descriminalização do aborto e do uso de drogas.

Levy Fidelix (PRTB) usou seu tempo final para voltar a defender seu discurso contra gays, que foi alvo de vários ataques ao longo do debate. “Agradeço a Deus por nos ter dado conforto e firmeza quando tentaram atentar contra a moral e os bons costumes sobre a minha figura”,afirmou. Ele repetiu que sabe que não vai ganhar, pois “grande mídia” e o “capital” já elegeram os três candidatos mais bem pontuados, em referência a Dilma, Marina e Aécio, mas disse que com insistência voltará em futuras eleições.

O candidato do PV, Eduardo Jorge, agradeceu a família, os militantes e correligionários. “Mais de 100 mil pessoas nas redes sociais nos acompanharam nesse debate horizontal. O Partido Verde é um partido conservador, reformista e revolucionário, capaz de enfrentar o consumismo capitalista que corrói. Eu peço a vocês que, no primeiro turno, vote com o coração e com a razão. Porque assim eu posso influenciar sim no segundo turno, mesmo não estando lá”, disse.

Luciana Genro (PSOL), por sua vez, agradeceu nas considerações a acolhida que teve em todo o País, principalmente dos jovens que acreditam que podem fazer um futuro melhor. E disse que a eleição tem dois turnos. “O primeiro é hora de votar naquele que vocaliza bandeiras nas quais você acredita. Nós estivemos na linha de frente das bandeiras do movimento LGBT durante todo o processo eleitoral. Precisamos acreditar que é possível mudar, e junho de 2013 nos fez acreditar que sempre é possível mudar. A nossa luta não termina no 2º turno.”

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