Eleições 2014

Gleisi diz que Paraná gasta mal e aplica pouco em áreas-chaves

Na noite de ontem (27), a candidata do PT ao governo do Estado, Gleisi Hoffmann, encerrou a série de sabatinas realizada pela Rede Mercosul de televisão com os postulantes ao Palácio Iguaçu.

Gleisi começou falando sobre sua campanha. Mesmo arrecadando algo em torno de R$ 2,5 milhões através de doações de empresas particulares, a candidata disse discordar do sistema atual de financiamento de campanhas e defendeu o financiamento público, com limite de gastos igualmente distribuídos para serem aplicados pelos candidatos da forma que entendessem ser correto.

“Eu votei no Senado junto à Comissão de Constituição e Justiça, um projeto que acaba com o financiamento de empresas, que opta por doações só de pessoas físicas”, explica.

A candidata considera difícil uma reforma política que envolvesse o tema, pois seria pedir aos atuais governadores e deputados que “mudassem a regra do jogo”, já que foram eleitos dessa forma e, sobre esse assunto, sugeriu a criação de uma constituinte exclusiva.

Questionada sobre as denúncias feitas à presidenta Dilma e seu partido em relação à Petrobras, Gleisi disse que é importante não colocar as coisas para debaixo do tapete, e replicou dizendo “qual teria sido o governo na história do Brasil que teve a coragem de assegurar uma ação independente da Policia Federal,  do Ministério Público e da Procuradoria Geral da União e que não interveio nos processos judiciais? “Não é só nesse governo que teve problemas de desvio, nós temos uma história de problemas de desvio no país e de corrupção. Em pouquíssimos momentos tivemos concessões tão claras de liberdade de impressa e de órgãos de controle”, atestou.

Sobre como ocorreria a captação de recursos para alguns programas que apresentou, como o “Mais Médicos Especialistas” que segue a linha do programa nacional “Mais Médicos”, a candidata afirmou que pretende trabalhar em conjunto com o governo federal, e lembra que hoje o Paraná recebe mais de R$ 3 bilhões do fundo nacional de saúde, e que com uma orientação e melhor aplicação do recurso é possível realizar não somente este como alguns outros projetos nessa área.

A respeito da área de segurança, Gleisi disse que pretende contar com a parceria do governo federal. “Desde 2011 o Paraná tem recursos do governo federal para investir em presídios, com uma parte já depositada na Caixa Econômica Federal para construção e reforma, mas somente agora, na metade do último ano de mandato é que esse governo apresentou os projetos” explica.

Sobre as acusações de que Gleisi teria interferido na concessão de crédito internacional ao Paraná, a candidata do PT afirmou que nunca esteve contra o Estado e disse que o atual governo não respeitou a legislação.

“O governo tem que respeitar a legislação e o Paraná não estava respeitando. Por exemplo, gastou mais com pessoal do que podia, contratou muitos cargos comissionados e ultrapassou o limite prudencial”.

A petista disse também que, em 2013, o governo do Paraná não investiu os 12% obrigatórios da receita na área de saúde, e que a concessão de crédito só foi possível, depois de uma ação judicial em que o atual governador se comprometeu a utilizá-los em 2014.

Por fim, apesar de aparecer em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, a candidata disse acreditar em uma vitória, e que o caminho seria continuar expondo suas ideias de forma clara e objetiva.

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