Eleições 2014

Túlio diz que paranaenses votam nas mesmas famílias há 32 anos

Governo aberto e atento aos clamores da população, mais atenção ao interior do Paraná, corte das despesas estaduais e uma campanha limpa. Estes foram os compromissos que o candidato Túlio Bandeira (PTC) firmou em sabatina realizada ontem (20) em Curitiba.

Bandeira adotou postura incisiva durante as respostas e criticou o modelo atual de eleição: não relutou em dizer que o paranaense vota nas mesmas três famílias há 32 anos e que isso precisa mudar. “Estamos em um curral eleitoral?”, questionou.

O candidato enfatizou que fará uma campanha independente, por não ser de uma família “tradicional” e ser do interior. “Vou investir na minha campanha com recurso próprio. Eu quero fazer uma campanha limpa e séria, de propostas. Não quero coligações”, afirmou.

Em relação ao atendimento à população, Bandeira mencionou seu projeto SOS Oprimido, que será uma reformulação da ouvidoria do Estado, a qual qualificou como “surda”.

“Todos estão oprimidos. Os serviços do Estado não chegam ao cidadão” e se comprometeu a receber os cidadãos pessoalmente para ouvir suas queixas. “Se você é governador, o telefone toca. E você tem que atender”, pontuou.

Na área da segurança pública, promete colocar a polícia na rua. “Vou sim contratar mais policiais. Temos que ter menos policiais aquartelados e mais contingente nas ruas. Segurança pública se faz nas ruas”, opinou. As finanças estaduais foram alvo de forte crítica durante a sabatina. A atual crise financeira do Estado foi classificada como “incompetência”.

Bandeira disse que pressionará o governo  federal de modo a aumentar os repasses da União, mas também afirmou que o Paraná é a quinta maior economia do Brasil, que “gosta de trabalhar” e que não precisa “choramingar” por verba. “Quem não cobra, não recebe”, disse.

A respeito das contas públicas, ele afirmou que planeja diminuir o número de secretarias estaduais. Das 29 que existem atualmente, apenas 12 restarão. O candidato, no entanto, não planeja cortar secretarias, mas juntá-las.

“As secretarias de cultura, esporte e educação serão uma só, com um secretário, funcionando em um só prédio”, exemplificou. Segundo ele, tal corte poupará R$ 100 milhões aos cofres públicos.

Quanto ao futuro do Brasil, Bandeira se mostrou contra a reeleição de Dilma Rousseff. “Precisamos de alguém que ouça a população, que esteja com vontade de resolver o problema do Brasil, que esteja comprometido com a população e não com grandes grupos. É um país maravilhoso, mas existe uma diferenciação de classes e de atendimento à população muito grande”, finalizou.

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