Eleições 2014

Beto diz que quatro anos é pouco para se fazer um bom governo

Em sabatina realizada na terça-feira (19), em Curitiba, o governador e candidato à reeleição Beto Richa (PSDB) fez um balanço de sua gestão e disse que “o melhor está por vir”.

Richa começa afirmando que deseja ser reeleito, pois “quatro anos é muito pouco para quem quer fazer um bom governo” e acredita que ainda é cedo para se falar em pesquisas eleitorais.

“Segundo as pesquisas, ganharíamos no primeiro turno contando a margem de erro. Mas é muito cedo para comemorar. Começou hoje (ontem) o programa eleitoral em rádio e TV e muita coisa pode mudar”, salienta.

Perguntado sobre uma doação de cerca de quatro milhões de reais de uma empreiteira para a sua campanha, o governador garante que nunca trocou favores e defende a transparência em contas de campanha.

“Defendo o financiamento público de campanha, pois assim a sociedade gastará menos e evitará a troca de favores. Se alguém doa para a minha campanha, acredita em mim e no meu governo”, ressalta.

Sobre a questão do pedágio, o candidato afirma que nunca prometeu reduzir ou acabar com as tarifas e sim rever os contratos, algo ele garante que fez. “Nós estamos fazendo o máximo para reduzir o preço do pedágio. Pelo menos cumprimos o que prometemos, que foi tirar essa questão do campo político para o campo técnico e fizemos com que as concessionárias voltassem a fazer obras”, exalta.

Segundo o governador, a questão cultural não foi abandonada em seu governo e deu exemplo do Teatro Guaíra, em Curitiba. “O Guaíra passa por sua maior obra desde a sua inauguração e foram revitalizados 30 espaços culturais em Curitiba”, retrata.

O candidato do PSDB falou também sobre a participação do jovem na política. Para ele, o desinteresse de parte da população jovem sobre o tema vem dos escândalos protagonizados pela classe política.

“Nas eleições todos são cordeirinhos. Deve-se pesquisar a vida do candidato para saber se ele cumpriu com suas obrigações morais e éticas. Criamos a “Tenda Digital”, que através das redes sociais é dirigido ao público jovem”, afirma.

A respeito das denúncias de casos de viaturas da Polícia Militar sem combustível, cachorros da PM sem ração, telefone da instituição cortado por falta de pagamento, Richa disse que foram casos isolados nos quais houve problemas de repasse de verbas. “Um estado que está com problema financeiro iria contratar 10 mil novos policiais?”, indagou.

O tucano também falou sobre o subsídio para a tarifa do transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana até dezembro e porque negou o mesmo benefício para a região de Maringá.

“Não podemos subsidiar o transporte público do Paraná inteiro, nós não temos recursos. Tive que garantir a integração entre as cidades da RMC, que estava ameaçada. Essa integração cobre 16 cidades e lá em Maringá só duas. Se eu subsidiasse em Maringá, teria que subsidiar em todas as grandes cidades do estado. E sim, vamos continuar subsidiando para Curitiba no próximo mandato”.

Por fim, Richa disse que sua administração foi prejudicada pelo governo federal e acusou a ministra chefe da Casa Civil e adversária na corrida ao Palácio Iguaçu, Gleisi Hoffmann (PT), de bloquear verbas importantes das quais o Estado tinha direito a receber, mas acredita que esta situação mudará caso seja reeleito.

“No segundo mandato, teremos um melhor relacionamento com o governo federal. Pagamos nossas contas e estamos aliviados. O melhor está por vir”, completa.

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