Haddad minimiza prisão de ex-chefe de gabinete

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse hoje que não acredita que o envolvimento do ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Mário Moysés, nas denúncias de corrupção dentro do Ministério do Turismo possa atrapalhar a eventual candidatura da senadora Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo.

Haddad, que também é pré-candidato na disputa municipal, ressaltou que a senadora tem de responder pela gestão dela, e destacou que Marta tem “todas as qualificações” e “legitimidade” para entrar na corrida eleitoral. O ex-presidente da Embratur, preso na Operação Voucher, deflagrada na última terça-feira pela Polícia Federal (PF), foi chefe de gabinete da senadora quando ela foi prefeita da capital paulista.

“Eu não vejo nenhuma relação com a senadora, nenhuma relação com a sua gestão”, afirmou o ministro da Educação, ao participar da 1ª Feira Literária de São Bernardo do Campo. “Ela deixou o ministério há quanto tempo?”, questionou. Haddad salientou ainda que o ex-presidente da Embratur tem direito de se defender das acusações. “E tem de se respeitar o direito dele de se defender, mas independente disso (ela) só responde pela sua gestão”. O desfecho da Operação Voucher é apontado por algumas lideranças petistas, favoráveis ao nome de Haddad, como um empecilho a mais para o lançamento da candidatura de Marta.