Eleições

Osmar Dias e Dilma Rousseff reúnem 200 prefeitos no Paraná

Com a presença da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, os candidatos da chapa “A união faz um novo amanhã” reuniram ontem à noite no Clube Concórdia, no centro de Curitiba, cerca de 200 prefeitos dos partidos que formam a coligação para tentar garantir o apoio integral à chapa. Dilma, o candidato ao governo, Osmar Dias (PDT), os candidatos ao Senado Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) e o governador Orlando Pessuti (PMDB) pediram unidade aos prefeitos, que, por questões politicas locais possam hesitar no apoio a Osmar para o governo do Estado.

“Eu perdi a eleição de 2006 porque não tinha essa gente comigo. Não tinha PT e PMDB. Eleição não se ganha sem o apoio dos prefeitos e eu assumo desde já o compromisso: o prefeito que me apoiar nesta eleição terá meu apoio em 2012”, prometeu Osmar Dias. “Tenho certeza que os prefeitos não vieram aqui por curiosidade. Vieram para para consolidar o apoio a essa chapa. Dilma, Osmar, Requião e Gleisi. Faço o apelo pela chapa fechada”, emendou Requião.

Com a maioria dos prefeitos filada ao PMDB, o governador Orlando Pessuti teve papel importante na conversa com os prefeitos. Pessuti explicou que abriu mão da candidatura pela união da base, disse que sabia que muitos dos prefeitos queriam sua candidatura, mas pediu para os prefeitos apoiarem a candidatura de Osmar “em nome da unidade nacional, da manutenção dos programas sociais do governo Lula e de nosso governo”, disse Pessuti, em sua primeira aparição na campanha. “E para quem me pergunta até onde me evolverei nessa campanha, digo que não estou envolvido, estou comprometido, 100%, em eleger Osmar e Dilma”, declarou o governador.

O gesto de Pessuti, que abriu mão da candidatura, foi destacado por todos os oradores. Para Dilma, a aliança montada é reflexo da maturidade política do Paraná. “São grandes ações como essa que dão força e sensação de vitória. Baseada na generosidade e na consciência de que o Brasil e o Paraná avançaram muito nesses oito anos e não pode retroceder”, disse a candidata a presidente.

Dilma destacou a parceria com os municípios, citando, como exemplo a compensação das perdas no repasse do Fundo de Participação dos Municípios. Ela disse que o País cresceu porque “não pensou em cimento e aço, mas sim na qualidade de vida das pessoas”. E prometeu, se eleita, construir 2 milhões de novas moradias no Minha Casa Minha Vida, implantar escolas técnicas em todos os municípios com mais de 40 mil habitantes e construir seis mil creches. “Mas, enquanto tem políticos comprometidos com várias promessas que não realizaram quando estavam no governo, nós, primeiro, faremos o possível, depois, o necessário, e, assim, acabaremos fazendo o impossível. Ou alguém, em 2002, achava que estaríamos emprestando dinheiro ao FMI?”, provocou. Acompanharam Dilma nessa rápida passagem por Curitiba, o candidato a vice-presidente, Michel Temer (PMDB) e o coordenador de campanha, Luiz Eduardo Cardozo (PT).