Sucessão

Beto já tem possíveis candidatos a vice

Os deputados estaduais Augustinho Zucchi (PDT), Cida Borghetti (PP) e Alexandre Curi (PMDB) são os nomes que estão na lista dos possíveis candidatos a vice-governador do Paraná no próximo ano se o prefeito de Curitiba, Beto Richa, for indicado pelo PSDB à sucessão do governador Roberto Requião (PMDB) nas eleições de 2010.

Embora o senador Álvaro Dias não manifeste nenhuma vontade de desistir da disputa pela vaga de candidato no PSDB, os partidários do prefeito Beto Richa já estão discutindo as opções para completar a chapa do prefeito de Curitiba, que deve anunciar, oficialmente, sua decisão de concorrer ao governo, em fevereiro do próximo ano.

Cada uma das opções de vice foi pensada para atender aos cenários que o grupo projeta no terreno das alianças possíveis para 2010. Augustinho Zucchi é o candidato desejado pelo grupo se o senador Osmar Dias (PDT) fizer o que sonham nove de cada dez tucanos: desistir da disputa para ser candidato ao Senado.

Com base eleitoral na região Sudoeste do Estado, Zucchi é o atual presidente em exercício do PDT. É conhecido pelo apelido de “Primeiro Ministro” do senador, tal é o grau de confiança de Osmar no seu substituto no comando do partido.

Anderson Tozato
Curi: oásis eleitoral do PMDB.

A candidatura de Alexandre Curi é a aposta dos peemedebistas que defendem a aliança entre o PMDB e o PSDB. Alexandre é, por consequência, o mais empenhado na busca de uma fórmula que permita ao governador Roberto Requião e o prefeito Beto Richa conviver eleitoralmente, sem chocar a opinião pública.

Alexandre é de Curitiba, mas costuma fazer votos no interior do estado. É amigo pessoal de Beto Richa e apresenta aos deputados do PMDB a proposta de aliança com o PSDB como o oásis eleitoral de 2010. Nos seus cálculos, a composição com o tucano pode garantir a reeleição de pelo menos doze dos atuais dezessete deputados estaduais do partido do governador.

Em vantagem

Nani Goes/Alep
Cida: único espaço para o PP.

A terceira alternativa do cardápio de vices dos tucanos, Cida Borghetti, tem um apoio de peso: o marido, o deputado federal Ricardo Barros, presidente estadual do PP.

Ser mulher é um dos méritos eleitorais da deputada. Em um ano, quando pelo menos duas mulheres estarão disputando a presidência da República, a ministra da Casa Civil do governo Lula, Dilma Rousseff, e a senadora Marina Silva (PV-AC), pode cair bem para o prefeito de Curitiba ter uma representante feminina na sua chapa ao governo.

Mas o maior impulso para a indicação de Cida Borghetti está nas pretensões eleitorais de Barros. Ele trabalha por uma vaga de candidato ao Senado e, no ritmo em que estão as conversas sobre o assunto, no PSDB, não há lugar para ele. A indicação de Cida Borghetti para candidata a vice-governadora seria a forma de dobrar Barros e atrair o PP para o palanque de Beto Richa.