A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata à presidência da República, está sendo esperada em Curitiba no próximo dia 13, domingo. Ela é a convidada especial da festa de confraternização e encerramento do ano que será organizada pelo diretório estadual do PT, na Chácara do antigo Banestado, em Colombo.
A data também integra o início dos festejos de aniversário do partido que, em fevereiro do próximo ano, completa trinta anos. A última vez que Dilma esteve em Curitiba foi em outubro, quando se reuniu com o governador Roberto Requião (PMDB) para tentar convencê-lo a apoiar o senador Osmar Dias (PDT) na disputa eleitoral do próximo ano.
A conversa não foi o que a ministra esperava. O governador do Paraná manifestou simpatia pela candidatura da ministra, mas continuou sustentando que o PMDB não faz alianças com o PDT no Paraná.
O impasse se mantém, e no retorno da ministra a Curitiba, ainda não está agendado novo encontro com Requião. A presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann, disse que Dilma vem à cidade para uma festa do partido e seu encontro será com as lideranças petistas do estado, vereadores e prefeitos. Não há nada programado com lideranças de fora do partido, afirmou.
Oficial
No próximo sábado, antes do almoço com a ministra, o diretório estadual do PT se reúne, em Curitiba. Na pauta está a conjuntura eleitoral do próximo ano e a apresentação do novo presidente do partido, o secretário estadual de Planejamento, Ênio Verri.
Ele venceu o Processo de Eleições Diretas (PED) realizado há quinze dias com mais de 70% dos votos. Verri não irá tomar posse agora. Oficialmente, ele assumirá o comando do partido no dia 10 de fevereiro. Até lá, ele permanece integrando a equipe do governador Roberto Requião.
Enquanto isso, outra secretária de Requião, Lygia Pupatto, da Ciência e Tecnologia busca apoio interno para uma pré-candidatura ao governo, tese rejeitada pela atual e futura direção do PT, que ainda mantêm a esperança de que o senador Osmar Dias assuma um compromisso eleitoral com o partido para as eleições do próximo ano.
Em entrevista publicada no site oficial do diretório estadual do PT, Verri, que está em licença médica se recuperando de uma cirurgia na perna, disse que o partido vai trabalhar em duas frentes.
“O PT vai construir em cada estado palanques fortes com todos os partidos que apóiam o governo Lula e a ministra Dilma para sucedê-lo. Vamos trabalhar para que a Dilma seja a mais votada em todos os estados. O Paraná é o quinto colégio eleitoral do Brasil, daí a importância de gastarmos todas as nossas energias a partir de agora. Esperamos construir um palanque forte no Paraná até fevereiro do ano que vem”, declarou.
Se não der certo, a opção será a candidatura própria. “Temos dois bons nomes, o ex-prefeito de Londrina, Nedson Michelleti e a atual secretária da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto. No início de 2010, um dos dois será escolhido para disputar o governo do Paraná, para puxar o palanque da Dilma, caso a nossa política de alianças não se concretize”, afirmou.