Eleição

Osmar não arreda o pé de candidatura ao governo

Durante reunião com as principais lideranças do PT, ontem em Curitiba, o senador Osmar Dias (PDT) disse que não arreda pé da candidatura ao governo do Estado no próximo ano. Mas quanto à uma aliança com o PT, o senador manteve o suspense.

Acenou com a perspectiva de novas rodadas de conversas, mas ainda não disse o que a direção do PT gostaria de ouvir, que é o rompimento do pedetista com o PSDB do Paraná.

Acompanhado do vice-presidente estadual do PDT, Augustinho Zucchi, o senador Osmar Dias conversou com a presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann, deputados federais, estaduais e os secretários Enio Verri (Planejamento), Lygia Pupatto (Ciência e Tecnologia).

Gleisi disse a Osmar que o encontro foi marcado a pedido do presidente Lula, que gostaria de ver os partidos que o apóiam unidos em uma única candidatura no Paraná, para dar sustentação à candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à presidência da República.

O encontro dos petistas com Osmar ocorreu dois dias depois que dirigentes nacionais do PSDB e os pré-candidatos a presidente da República, o governador de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, estiveram em Foz do Iguaçu, onde a direção estadual emitiu todos os sinais de que o prefeito de Curitiba, Beto Richa, é o nome preferido para disputar o governo no próximo ano. Mesmo assim, Osmar não avançou nas conversas com o PT.

Zucchi afirmou que o PDT não desconhece o movimento do PSDB para lançar o prefeito de Curitiba ao governo, mas assinalou que, até agora, nenhuma liderança tucana desmanchou o pacto para repetir no próximo ano a aliança com o PDT, firmada nas eleições do ano passado para a reeleição de Beto. “Ninguém falou em nenhum momento que o Beto é o candidato e muito menos que o candidato é do PSDB”, afirmou o vice-presidente estadual do PDT.

Zucchi citou que há muitas etapas ainda pela frente, antes que o quadro nacional e estadual das candidaturas se torne mais nítido. “Há muito ainda para se discutir sobre isso. A situação nacional ainda não está fechada”, afirmou.

Ritmo

O próximo encontro dos petistas será com o PP, presidido no Paraná pelo deputado federal Ricardo Barros, pré-candidato ao Senado. Para Barros, que defende a candidatura do senador Osmar Dias ao governo, o ritmo das definições obedece ao estilo de cada candidato.

“Alguns jogam com o prazo máximo. Outros não. Mas o Osmar sabe o tempo dele. O que eu posso dizer é que uma aliança da base de apoio do Lula, incluindo o PMDB, é imbatível no Paraná”, disse.

Sobre a posição do PMDB, Barros disse que a estratégia do governador Roberto Requião é clara, ao demonstrar desagrado com todas as candidaturas postas, principalmente a de Osmar.

“Quanto mais candidatos ao governo houver, mais candidatos ao Senado também vai ter e isso é ótimo para o projeto do Requião para o Senado. Por isso, ele não apenas aposta na divisão como patrocina. Tem gente do PMDB embalando o Beto, outros embalando o Alvaro, outros o Osmar e assim por diante”, avaliou Barros.