Sete municípios paranaenses sem prefeitos definidos

Oito municípios paranaenses têm indefinida a situação de seu prefeito eleito. Em sete deles, nenhum candidato será empossado hoje e o presidente da Câmara municipal assumirá interinamente.

O caso mais emblemático é o de Londrina, que com a cassação de Antonio Belinati (PP), aguardará o novo segundo turno entre Luiz Carlos Hauly (PSDB) e Barbosa Neto (PDT) sendo administrada por um dos 19 vereadores. Já em Mamborê, região noroeste do Estado, o prefeito que toma posse hoje, Henrique Sanches Sallas (PMDB), ainda pode ser substituído.

Sallas, segundo colocado na eleição, foi diplomado pela Justiça Eleitoral devido à cassação do registro de candidatura do mais votado, Ricardo Radomski (PDT). Radomski, impugnado devido à rejeição de contas em 2000, quando era prefeito, recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral e ainda espera revisão da decisão para poder assumir.

Nos outros seis municípios, a dúvida quanto à necessidade de uma nova eleição, pelo fato de o candidato com o registro cassado ter obtido mais de 50% dos votos válidos, fez com que nenhum candidato fosse diplomado.

Ao responder a consulta do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, o Tribunal Superior Eleitoral orientou os cartórios eleitorais que, nesses casos, o segundo colocado pode ser empossado.

Mesmo assim, os juízes eleitorais de Cândido de Abreu, Nossa Senhora das Graças, Palmas, Primeiro de Maio, São Sebastião da Amoreira e Ângulo preferiram aguardar uma decisão final sobre os processos de cassação dos registros dos eleitos para diplomar os novos prefeitos.

O mais votado em Cândido de Abreu (centro do Estado), Richard Golba (DEM), teve seu registro de candidatura negado, tanto no âmbito da Comarca, quanto no TRE-PR, em função de uma irregularidade em uma prestação de contas relativa a um convênio firmado com a União, ainda em seu primeiro mandato, entre 1997 e 2000. O segundo colocado, Josnei Erivan Freitas (PMDB), aguarda a definição da Justiça Eleitoral.

A situação é semelhante à de Imbituva (norte), onde Zezo Pontarolo (PSDB), teve o registro negado também por desaprovação de contas. Pontarolo já perdeu recurso que impetrou no TRE, mas aguarda decisão final do TSE sobre sua candidatura.

A Justiça Eleitoral também preferiu esperar o desfecho do caso, não diplomando o segundo colocado, Celso Kubaski (PPS). O mesmo ocorreu em Nossa Senhora das Graças (Noroeste), onde o mais votado, José Otávio Rigieri (PSDB), teve o registro cassado e seu adversário, João Pineli Pedroso (PSB) também espera pela palavra final da Justiça.

Em Palmas, o ex-prefeito Hilário Andraschko (PDT) foi cassado por ter falsificado documentos para aprovar contas municipais de quatro anos atrás. Ele aguarda recurso ao TSE, e o segundo colocado, João de Oliveira (PMDB), não foi diplomado.

Em São Sebastião da Amoreira, Adevilson Gouveia (PTB) está com o registro de candidatura negado e agora aguarda decisão do TSE. Agnaldo dos Santos (PR) foi o segundo colocado e também não foi diplomado.

Em Primeiro de Maio, Matuzalem Arruda (PDT) foi cassado antes da eleição. Seu vice, Paulo Todero, o substituiu e venceu o pleito, mas a substituição não ocorreu em tempo hábil, segundo a Justiça. Arruda, Todero e Zezão da Farmácia (PR), segundo colocado na eleição, reivindicam a prefeitura.

Em Ângulo, noroeste, o prefeito eleito, Erivaldo Lourenço da Silva (PMDB), foi cassado por compra de votos. Antônio Romano (PDT) quer assumir o cargo, mas ainda não foi diplomado.