Salário das polícias chega à Assembléia

O chefe da Casa Civil do governo do Estado, Caíto Quintana, e o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, entregaram ao presidente da Assembléia Legislativa, deputado Hermas Brandão, uma mensagem de reajuste de salários para a Polícia Civil e para a Polícia Militar, além de uma ampliação do contingente da Força Verde, que prevê mais 75 vagas a serem criadas em Foz do Iguaçu e Londrina. A proposta, segundo Delazari, traz um reajuste médio para a Polícia Civil de 44%. Para a Polícia Militar, de soldados de primeira classe até o posto de primeiro-tenente, o aumento no salário pode chegar a quase 60%.

Delazari afirmou que são dois os motivos de reajuste, a grande defasagem e o reconhecimento do bom trabalho que vem sendo feito. "Pedimos à assembléia urgência na apreciação para que possamos implementar o aumento ainda esse ano", disse. Segundo o secretário, em onze anos os policiais receberam apenas um aumento, no início da gestão do governo Requião. "Para os policiais militares, quisemos dar um aumento que alcançasse o padrão da Polícia Civil", disse Delazari. Policiais que possuem curso superior deverão ter uma gratificação maior.

A proposta deve beneficiar investigadores, escrivães, papiloscopistas e agentes de operações da Polícia Civil, num total de 5.323 funcionários da ativa, aposentados e pensionistas. Os reajustes variam de 35% a 49%, de acordo com a função exercida.

Mas, para a Polícia Militar, segundo Quintana, o aumento deverá acontecer no decorrer de sete meses, devido ao grande contingente da corporação. São quase trinta mil policiais, entre ativos e inativos, que deverão ser beneficiados. De acordo com os cálculos da Secretaria da Administração, o impacto financeiro do aumento salarial de policiais militares vai ser de aproximadamente R$ 14 milhões ao mês e da Polícia Civil, de R$ 3,63 milhões.

Quintana justificou a demora na entrega da proposta. Ele disse que foi realizado um estudo profundo para que fosse viável dar o máximo de aumento, dentro das possibilidades e da necessidade de adequação à lei de responsabilidade fiscal. Quintana disse que o governo está num processo de adequação e reestruturação  de toda a máquina pública.

De acordo com o presidente do Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), Paulo Roberto Martins, valeu a pena esperar pelo reajuste. "Pretendemos voltar a conversar com o governo para termos também um plano de cargos, carreiras e salários", disse.

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