Morto ao lado do campo

Arma que estaria com jogador de futebol teria sido ‘plantada’

A Polícia Civil de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), ainda não finalizou o inquérito sobre o assassinato de Gilson da Costa Camargo, de 28 anos, morto pelo soldado Eurico Gerson Araújo Pires, o soldado Gerson, do 22º Batalhão da Polícia Militar, durante uma partida de futebol. Segundo o delegado Messias Antônio da Rosa, responsável pelo caso, falta ouvir o soldado para que alguns fatos sejam esclarecidos.

O que os policiais investigam agora é a possibilidade de que a arma, um revólver calibre 38 que foi entregue à delegacia como sendo de Gilson, tenha sido plantada. “O dono da arma, que é de Joinville, em Santa Catarina (SC), foi ouvido e disse que o revólver foi furtado no estabelecimento comercial dele. Queremos descobrir como esse revólver chegou até a delegacia”, contou o delegado.

Reprodução/Facebook
Gilson morreu ao lado do campo. 

Conforme informou o delegado, outro soldado, identificado como soldado Mendes, foi quem pode ter entregado a arma na delegacia. “Ele contou, em depoimento, que por ser amigo do soldado Gerson, a esposa do PM lhe deu uma bolsa para entregar ao soldado na delegacia. Acreditamos que, como Gerson estava apenas com a roupa do time de futebol, a arma estava dentro dessa bolsa”, explicou Messias.

Além do homicídio, a Polícia Civil continua apurando um crime de fraude processual. “E agora, como descobrimos que essa arma era furtada, por conta disso, podemos considerar também um crime de receptação”.

Falta encaixar as peças

O soldado Mendes, que já foi ouvido, disse aos investigadores que não sabia o que tinha dentro da mochila. “Segundo ele, ele ajudou naquele momento por ser muito amigo do soldado Gerson. Sobre a amizade, não posso contestar, mas o que investigamos é sobre o motivo dessa arma ter sido entregue e como ela foi deixada”, considerou o delegado.

O delegado disse ainda que outros policiais também foram ouvidos e dizem que desconheciam o fato da arma ter sido entregue à delegacia. “Isso será esclarecido após a oitiva do soldado Gerson, que poderá esclarecer a questão da arma, do fato criminoso, do homicídio e tirar todas as nossas dúvidas para podermos tirar as conclusões”.

De acordo com Messias Antônio da Rosa, o soldado Gerson continua preso, no Batalhão de Polícia de Guarda (BPGd), em Piraquara (RMC). A audiência, que era para ter acontecido nesta quinta-feira (28), por causa de um atraso na decisão judicial, ficou para a semana que vem.