Operação Quijarro

Polícia Federal cumpre mandados para desarticular tráfico internacional de drogas

Uma quadrilha responsável pelo ingresso de duas toneladas de cocaína por mês no Brasil foi desarticulada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (29). Segundo a PF, os bandidos agiam em cidades do Paraná, Mato Grosso do Sul e em São Paulo. Foram expedidos 81 mandados judiciais.

No Paraná, os policiais cumpriram mandados em Londrina, no Norte do Estado, e em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). As investigações começaram em janeiro de 2015 e, de acordo com a PF, a cocaína era transportada em caminhões e carretas com fundos falsos, preparados para o transporte da droga.

Os bandidos, conforme apurou as investigações, passavam pela fiscalização usando cargas lícitas e os motoristas envolvidos sabiam que transportavam o entorpecente. Em Londrina funcionava a logística do transporte da cocaína, que, além do Brasil, tinha ramificações na Bolívia, Colômbia e Espanha.

A Polícia Federal, junto com a polícia boliviana, conseguiu prender os traficantes mais procurados daquele país. O homem é apontado pela PF como o responsável pelo ingresso de duas toneladas de cocaína por mês no Brasil. Durante a ação, mais de três toneladas de cocaína foram apreendidas.

A PF sequestrou ainda, do núcleo boliviano da quadrilha, cerca de 10 milhões de dólares. No Brasil, foram identificados os imóveis que eram usados como entrepostos para o carregamento, descarregamento e confecção dos “fundos falsos” dos caminhões. Foram sequestrados até o presente momento sete imóveis no país e bloqueadas diversas contas bancárias dos investigados.

Dos 81 mandados judiciais, 14 são de prisão preventiva, 17 de busca e apreensão em imóveis, 43 de busca e apreensão de veículos e 7 de condução coercitiva (quando o intimado é obrigado a prestar esclarecimentos). Os presos vão responder por tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, associação ao tráfico, falsificação de documentos públicos e privados, furto, roubo, homicídio e organização criminosa. As penas somadas passam de 20 anos de prisão.

Quijarro

A operação foi denominada como Quijarro e faz referência ao fato de que a organização criminosa investigada efetuava o ingresso da cocaína no Brasil através da cidade de Puerto Quijarro, na Bolívia, fronteira com a cidade de Corumbá (MS). Além do município do MS, também foram cumpridos mandados judiciais nas cidades paulistas de Martinópolis, Presidente Prudente e São Paulo capital.