Noite violenta

Rapaz cria amizade infeliz com membros de gangues e acaba morto

Anderson Giglioli, de 17 anos, foi morto a tiros na frente de casa na noite desta quarta-feira (10), na Rua João Batista Burbello, bairro Tatuquara, em Curitiba. O crime, para familiares e amigos, pode estar relacionado com uma briga entre gangues.

O rapaz morava em uma casa próximo ao Posto de Saúde Palmeira e foi morto bem ao lado do local. Segundo a polícia, Anderson foi executado com tiros de pistola calibre 9 milímetros e não teve sequer chance de se defender.

Depois do crime, a gangue responsável pelo assassinato teria soltado foguetes para comemorar. A mãe do rapaz, que já teria perdido um filho assassinado, se desesperou. Ajoelhada junto ao corpo, ela tentava fazer com que ele acordasse a todo custo, sem aceitar a morte do garoto.

De acordo com um pastor de uma igreja evangélica do bairro, Anderson tinha se afastado há cerca de cinco meses. “Na ultima visita que fiz para ele, soube que estava envolvido em briga de gangues e o avisei que ele iria escolher: eu faria o velório ou o casamento dele. E hoje ele foi morto”, contou o religioso, que se identificou apenas como Alan.

Sobre o crime, pouco foi informado pela polícia. Isso porque no momento em que os policiais estavam no local, chovia bastante. “O que sabemos, é que esse rapaz teria amizades com um pessoal que seria de um lado do bairro e que os rivais teriam matado esse jovem com objetivo de atingir o grupo rival”, informou o delegado Renato Coelho, em entrevista ao Programa 190.

Apelo

O pastor, que disse gostar muito do adolescente e tentava confortar a mãe do garoto, disse que vem alertando os jovens que frequentam a mesma igreja que Anderson havia deixado. “A gente tenta aconselhar todos os dias, para que saiam desse mundo de criminalidade, das drogas, e insistem. Isso não é nada atrativo e é assim que tudo acaba”, lamentou.

Para o religioso, que disse ter conhecimento de muitos outros adolescentes e jovens que estão no mesmo caminho, ficou apenas o apelo para que os pais vigiem seus filhos. “Pais, olhem com quem eles andam, com quem falam, qual o comportamento que têm, porque se não amanhã serão vocês que irão chorar a perda de um filho”.