Durou pouco!

Horas após serem presos, Recalcatti e equipe são liberados

Poucas horas depois que o delegado Rubens Recalcatti e seis investigadores de polícia se entregaram na manhã desta quinta-feira (4), a prisão foi revogada. Eles tinham se apresentado, acompanhados de representantes da Corregedoria Geral da Polícia Civil (CGPC), pois estavam com mandados de prisão preventiva expedidos pela Vara Criminal de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, por envolvimento no assassinato de Ricardo Geffer, em abril de 2015.

“Entrei com um habeas corpus às 12h de ontem e hoje, às 12h, recebemos a concessão liminar revogando a prisão de todos”, explicou o advogado Cláudio Dalledone. Porém, Recalcatti e os policiais só foram liberados por volta das 17h do Centro de Operações Policiais (Cope), onde tinham se entregado.

Segundo o juiz Benjamin Acácio de Moura e Costa, substituto da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná, que concedeu a liminar ao delegado e aos policiais, as prisões não eram necessárias, já que não surgiram fatos novos ao caso. O juiz também afirmou que as prisões se assemelham a “uma vontade de prender, do que ter como justificada a prisão em elementos objetivos”.

Logo após saber da revogação da prisão, Recalcatti comemorou em frente ao Cope segurando uma bandeira do Brasil. “Sentimento de justiça contra um ataque a policiais e a Polícia Civil que hoje estão impedidos de trabalhar por conta de falsas notícias contra policiais”, disse o delegado.

O caso

O delegado e nove policiais participaram da operação, que buscava prender Ricardo Geffer, mas acabou em morte. Segundo os policiais, houve confronto, mas o Ministério Público do Paraná (MP-PR) sustenta na denúncia que o homem foi morto sem ter como reagir. Geffer era suspeito da morte de João Dirceu Nazzari, ex-prefeito de Rio Branco do Sul e primo do delegado.

Os envolvidos na operação são acusados de homicídio triplamente qualificado, fraude processual e diversos abusos de autoridade. De acordo com o advogado Cláudio Dalledone, os mandados de prisão preventiva, expedidos pela Vara Criminal de Rio Branco do Sul, foram revogados pela Justiça, que considerou as prisões ilegais.

Em outubro de 2015, delegado e equipe foram presos pelo Gaeco, no começo das investigações. O delegado ficou detido por cinco dias e foi colocado em liberdade. Os outros envolvidos saíram da cadeia alguns dias depois.