Cenas fortes

Mulher suspeita de estrangular o próprio filho deixa a Delegacia

Dois vídeos que circulam nas redes sociais despertam muita revolta pela brutalidade e covardia. Nas imagens, uma mulher estrangula uma criança, que grita, chora e chega a ficar roxa. A própria mãe é suspeita de torturar o menino de 3 anos. Ela se apresentou à polícia na tarde desta segunda-feira (28). O advogado de Thays Caroline Chaves, 21 anos, sustenta que o vídeo em que aparece o rosto da moça é uma montagem, feita para “denegrir a imagem” dela.

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O pai do menino, Paulo Braz Machado, afirma que no último sábado (26) Thays foi até a casa dele, no bairro Campo do Santana, com parentes armados que o ameaçaram para levar o filho, que estaria com ele desde que ela lhe enviou os vídeos como ameaça para reatar o relacionamento.

Na tarde desta segunda-feira, Thays, Paulo, familiares e outras testemunhas foram ouvidos no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), responsável pela investigação do caso. A delegada Lucy Santiago disse que um boletim de ocorrência sobre o “rapto” da criança tinha sido registrado em outra delegacia e, por meio de informações repassadas por um investigador, o Nucria assumiu o caso. “Em princípio estamos investigando o crime de tortura”, afirmou a delegada. Ela não confirmou se a mãe será presa. “No decorrer das investigações vamos avaliar esse pedido”. A delegada informou que a criança está bem e que o Conselho Tutelar avalia com quem ela ficará. 

Ameaças

O pai da criança, Paulo Braz Machado, contou que a ex-companheira lhe enviou os vídeos torturando a criança no sábado retrasado (18). Segundo ele, era uma chantagem da moça para que eles reatassem o relacionamento, que terminou há cerca de um mês. Paulo disse que encaminhou as imagens para familiares de Thays e que marcou um encontro com ela, em que fingiu que retomaria o casamento, e pegou o menino.

O rapaz afirmou que passou o Natal com o filho e, no último sábado (26), um parente da moça foi até a casa dele dizendo que tinha um presente para o menino. Esse homem, segundo o pai, estava armada e disse que levaria a criança. “Então a Thays desceu do carro, outro rapaz também desceu, e o que estava com o presente pegou a criança e foi dando para ela com a arma em punho”.

Paulo comentou que não sabe como os vídeos pararam em redes sociais e disse sentir ódio da ex-companheira. “Ela não está dando chance para ele, o direito dele de viver. Ela deixa meio que a criança de lado e dá mais importância para mim”, disse. Ele afirmou que Thays tinha agredido o filho outras vezes. 

Giuliano Gomes
O pai, Paulo Braz Machado, contou que ela lhe enviou os vídeos torturando a criança para que retomassem o relacionamento.

Montagem

O advogado de Thays, Cleyson Landucci, afirmou que um dos vídeos, em que aparece apenas a mão esganando a criança, não é Thays. “Não sabemos quem é. O segundo vídeo estamos investigando. Aparentemente não é ela. É uma montagem”, destacou. 
Sobre a suspeita de “rapto”, o advogado disse que, ao saber que o pai estava bêbado com familiares, ela decidiu buscá-lo. “Não houve sequestro nenhum. Não tinham pessoas com armas. A mãe foi juntamente com o cunhado verificar como estava o filho dela”, explicou.&,nbsp;

O advogado comentou ainda que Paulo possui quatro boletins de ocorrência por agressão contra a mãe e contra o filho. O rapaz estaria ainda sendo investigado por homicídio.

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