Ex-Câmbio

PF deflagra operação para desarticular esquema de crimes financeiros

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (22), a operação Ex-Câmbio para desarticular um esquema de crimes financeiros envolvendo quatro organizações criminosas integradas por doleiros. Os investigados agiam em Santa Catarina e são suspeitos de movimentar cerca de 600 milhões de dólares por ano.

A ação da PF começou em Santa Catarina, mas também foi feita no Paraná e no Rio Grande do Sul. Ao todo são 27 mandados de prisão (10 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de prisão temporária), além de 68 mandados de busca e apreensão. Também são 10 mandados de condução coercitiva.

Pelo menos 30 veículos foram apreendidos e 37 imóveis foram bloqueados. Os mandados foram cumpridos em Curitiba e em Barracão, no Paraná, e nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema, Dionísio Cerqueira, Porto Belo e Joinville, em Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, os policiais atuaram em Porto Alegre.

Desde o começo das investigações, foram apreendidos mais de US$ 350 mil e R$ 400 mil em espécie. A movimentação dos grupos com essas ações chegava a 600 milhões de dólares por ano.

Os envolvidos responderão pelos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira, instituição financeira clandestina, fraude cambial, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, e integração de organização criminosa.

Esquema

As investigações começaram em 2011 e os grupos atuavam como agentes oficias do mercado de câmbio. Segundo a PF, eles usavam as correspondentes cambiais como fachada para a prática de uma série de crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

Entre as fraudes praticadas estavam a falsificação da identidade dos adquirentes da moeda estrangeira (boletagem) como também dos reais remetentes e destinatários de divisas ao exterior decorrentes do pagamento de importações (fraude cambial). Também praticavam a evasão de divisas mediante o sistema de dólar cabo.

Os recursos obtidos com as atividades criminosas eram dissimulados de diversas maneiras, entre elas, o uso de laranjas para a compra de imóveis e carros de luxo e a movimentação de contas bancárias, contando ainda com a participação de dois gerentes de banco.

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