Na cadeia, brou!

Polícia prende suspeito de estupro e procura comparsa na RMC

Policiais da Delegacia de Almirante Tamandaré prenderam, nesta terça-feira (1), um jovem suspeito de estuprar duas adolescentes na cidade. O crime aconteceu em julho, mas a polícia esperava o momento certo para que Otávio de Andrade Correia, de 20 anos, acabasse em cana.

Segundo o delegado Nasser Salmen, Otávio era monitorado já pela suspeita dos estupros. Policiais militares foram até o Jardim Marrocos atender um chamado da população, por causa de um homem que estava agitando e atormentando os vizinhos. Quando os policiais chegaram, o homem trocou tiros, fugiu e Otávio estava no local, por isso foi preso.

Dentro da casa de Otávio, os policiais teriam apreendido lacres de plástico em formato de cintas, que eram utilizados para amarrar as vítimas, conforme informou o delegado. Na delegacia, os policiais, já sabendo da semelhança do rapaz em 90% com o retrato falado, foram atrás das duas vítimas do estupro e conseguiram confirmar. “As duas jovens reconheceram o rapaz e inclusive as cintas, sem nenhuma dúvida”, disse o delegado.

Com base no reconhecimento, o delegado pediu a prisão preventiva de Otávio, mas segundo a polícia, o rapaz não agia sozinho. “Nós agora esperamos que a Justiça conceda o pedido de prisão preventiva, para irmos atrás do outro suspeito de agir com ele”, explicou.

Retrato falado do procurado. Foto: Divulgação/Polícia Civil.

O crime que Otávio é suspeito aconteceu em julho deste ano, no bairro Parque São Jorge. As duas adolescentes teriam sido estupradas por horas e foram soltas depois. Elas fizeram o boletim de ocorrência e passaram todas as características dos suspeitos, que permitiu que os policiais elaborassem retratos falados.

“O homem que agora é procurado por todas as nossas equipes é um rapaz moreno e tem uma cicatriz grande do lado esquerdo do rosto”. Denúncias sobre o paradeiro dele podem ser feitas através do 3698-9072, da Delegacia de Almirante Tamandaré.

Não pode ter medo

Casos de estupro geralmente são os que mais mexem com o psicológico das vítimas. A grande maioria delas sente medo de denunciar, por acreditar que o autor pode fazer alguma coisa ou pela vergonha. “As vítimas não podem se acanhar, porque por mais constrangedor que seja, devem denunciar. É através da denúncia que a polícia fica sabendo do crime, faz o retrato falado e tira os autores de circulação”, explicou o delegado.

Ainda de acordo com o delegado, cada estuprador tem uma forma de agir e tudo é sempre muito particular. “Alguns usam moto, aproveitam o capacete para não serem reconhecidos ou até mesmo colocam o objeto na vítima, outros forjam assalto, muda de acordo com cada suspeito”. Conforme explicou Nasser Salmen, quando as vítimas registram a ocorrência, são esses os detalhes importantes para saber de quem se trata cada bandido.

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