Campo Largo

Denúncia leva polícia a barracão com 10 ton de agrotóxico

Denúncia sobre um barracão no bairro Ferraria, na zona rural de Campo Largo, onde estariam guardados produtos roubados, levou os policiais da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) a encontrarem quase 10 toneladas de agrotóxico, armazenado de forma irregular. Existe ainda a suspeita que a substância envasada seja proibida e altamente cancerígena.

O cheiro forte do produto estocado pode ser sentido a alguns metros do barracão e, em pouco tempo, já proporciona mal estar. O agrotóxico estava armazenado em 50 tambores, de 200 quilos cada. Ele era rotulado com as informações de um produto de venda autorizada.

O delegado Rafael Vianna contou que, quando a equipe da DFR chegou ao barracão, havia um funcionário trabalhando, sem nenhum tipo de material de proteção. Ele informou que a substância manipulada era o “heptacloro”. “Em rápida pesquisa na internet constatamos que se trata de um produto proibido no mundo todo, mas ainda é preciso ser confirmado”, disse Rafael.

Peritos do Instituto de Criminalística e técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) estiveram no local. O barracão foi lacrado e todo o material foi apreendido para análise.

O coordenador de fiscalização do escritório regional de Curitiba, do IAP, Paulo Kurzlop, informou que, independente do produto ser o heptacloro, a empresa poderá sofrer sanções administrativas por estar manuseando o inseticida em uma área manancial de abastecimento (do Rio Passaúna). “Possivelmente não vai ter licenciamento ambiental para esse depósito”, afirmou. Ele disse que o prazo para a análise do produto é de aproximadamente 20 dias.

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